Diretoria do clube tenta amenizar dívidas; receita cresceu nesta temporada
Pelo segundo ano consecutivo, a diretoria do Botafogo atendeu a exigência do Estatuto do Torcedor e divulgou o balanço financeiro do clube em 2012. De acordo com o documento, que foi publicado no site oficial do Pantera, o total de receitas obtidas foi de R$ 4,684 milhões, enquanto que as despesas durante o ano passado chegaram a R$ 5,584 milhões.
O déficit do período foi de aproximadamente R$ 900 mil e para o atual presidente do Tricolor, Gustavo Assed Ferreira, um dos fatores que mais contribuíram para o fechamento no vermelho foram os gastos com o Paulistão de 2012. Na ocasião, o time ainda tinha na presidência o diretor superintendente da Cohab, Sílvio Martins. “Tivemos um elenco caro no último Paulistão e mais de 70 jogadores contratados. Quando assumimos, pegamos uma dívida para pagar de acerto e despesas com os jogadores de quase R$ 800 mil”, disse Assed Ferreira.
As despesas com salários de funcionários e jogadores foram os maiores vilões dos cofres do Botafogo no ano passado. Apenas nesse quesito, o clube pagou uma quantia de pouco mais de R$ 2,327 milhões. “O que impactou no nosso balanço do ano passado foi esse Paulistão. Houve boa vontade da última diretoria, mas tivemos muitas contratações erradas”, ressaltou Ferreira.
O presidente ressaltou ainda que em 2013, pela primeira vez, o clube conseguiu arrecadar valores brutos maiores na bilheteria do que com a cota da Federação Paulista de Futebol, que foi de R$ 2 mi. No ano passado, a renda bruta de jogos foi de R$ 1,274 milhão, enquanto que a verba federativa chegou a R$ 1,752 milhão.
Segundo Assed Ferreira, a economia implantada pelo clube desde a última Copa Paulista auxiliou no equilíbrio do rombo financeiro. A folha salarial do último Paulistão foi superior a R$ 400 mil, porém, durante a Copa Paulista chegou a R$ 65 mil mensais. No Estadual desta temporada, o pagamento de elenco e comissão técnica chega a cerca de R$ 300 mil por mês.
“O que tem nos ajudado foi que conseguimos quitar grande dívidas históricas que o clube tinha com o [zagueiro] Índio e a família do Max [morto em decorrência de um infarto em 2003]. Mesmo assim a situação ainda é ruim, porque o clube tem poucas fontes de receita e no segundo semestre tende a piorar”, disse o presidente.