CARNAVAL

Bonecões de distrito campineiro vão animar folia do Sesc Itaquera

Oito brinquedos gigantes vão ajudar a animar os foliões paulistanos

Fabiana Marchezi/Especial para AAN
06/02/2013 às 05:11.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:39
A artista Natasha Faria exibe os bonecões criados para animar o Carnaval (Elcio Alves/AAN)

A artista Natasha Faria exibe os bonecões criados para animar o Carnaval (Elcio Alves/AAN)

Oito bonecos gigantes criados pela artista plástica Natasha Faria, do distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, vão invadir, animar e colorir o Carnaval do Sesc Itaquera, referência no Estado de São Paulo.

Os bonecões, que há alguns anos animavam a folia de Joaquim Egídio, foram feitos em tempo recorde para compor a decoração especialmente montada para o tema da festa Maracatudo — Do frevo ao maracatu, que faz alusão às manifestações populares que acontecem nas cidades de Olinda e Recife, em Pernambuco.

“Cada boneco custa em média R$ 1,5 mil e demora cerca de dois meses para ficar pronto, mas esses foram feitos em tempo recorde. Em 20 dias fiz os oito bonecos gigantes e todo o restante da decoração. A secagem dos bonecões foi a fase mais difícil, principalmente por causa das chuvas dos últimos dias”, completou a artista.

Também vão compor a decoração do Sesc 12 bois-bumbás, 25 bonecos de mesa e quatro painéis temáticos da artista. “É importante fazer um Carnaval com a cultura típica do Brasil, com o colorido e a arte popular do País”, disse Natasha. Os painéis ilustram o maracatu, o Galo da Madrugada, o frevo e os bonecos gigantes.

Inspirados no Carnaval de Olinda, os bonecos gigantes, que desta vez referem-se a personagens típicos do mamulengo, serão uma nova atração na folia da Zona Leste de São Paulo. Nesta quinta-feira (7), os bonecões deixarão o ateliê em Joaquim Egídio para entrar na festa, carregados pelos foliões. São oito figuras bem alegres e coloridas de até 3 metros de altura.

Para dar conta do recado, neste ano Natasha, de 41 anos, contou com mais quatro pessoas, entre elas a costureira Irene Tarifa e a artista Eliane Pimenta Rocha. Os bonecões já alegraram a festa de várias cidades, como Amparo e Caconde, em São Paulo, e São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais.

O trabalho nasceu para disseminar o folclore, o teatro e a poesia. Os mais de 20 anos de experiência da artista levaram o Ministério da Cultura a reconhecer o ateliê em Joaquim Egídio como um dos 650 pontos de cultura do País. “Levar os bonecos para o Sesc realmente é uma valorização, um reconhecimento de anos de trabalho pesado. É muito difícil, tudo manufaturado, artesanal. O tema deste ano favoreceu muito. Estou muito feliz”, concluiu Natasha.

Animação

Mesmo sem os bonecos gigantes de Natasha, o Carnaval de Joaquim Egídio promete muita animação, mantendo tradições e incluindo algumas novidades no roteiro. Entre os dias 9 e 12, a população contará com apresentações de blocos de rua, muito samba, entre outros ritmos, como a marchinha.

As ruas serão enfeitadas pela comunidade. Os organizadores estimam que 4 mil pessoas passarão pelos distritos diariamente para acompanhar as diversas atrações, como o bloco Unidos da Tribo, que confecciona com material reciclável os próprios bonecos e máscaras gigantes em papel machê.

O bloco conta com o patrocínio do comércio local e se apresentará nas quatro noites de folia.

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