Colégio Poli Bentinh (Divulgação)
A Delegacia de Infância e Juventude (Diju) de Campinas vai investigar um suposto trote aplicado no grupo de WhatsApp de alunos do Colégio Poli Bentinho. A troca de mensagens no aplicativo indicava um suposto massacre na manhã de ontem, na escola, que seria cometido por um ex-aluno de 14 anos.
Por conta dos boatos, mais de 50% dos alunos (total de aproximadamente mil) não foram à aula, com medo, e mobilizaram a Polícia Militar e Guarda Municipal.
Os estudantes que foram à escola ficaram na quadra por cerca de uma hora até que o caso fosse esclarecido. A mãe do ex-aluno soube das ameaças e levou o filho para esclarecer a situação e exigir provas do suposto crime que seria cometido pelo adolescente.
Viaturas da GM e da PM chegaram na escola por volta das 6h45. As mensagens teriam começado a circular no grupo logo após a saída dos estudantes. Nas mensagens, alunos teriam divulgado vídeo que mostrava o garoto, aluno do 9º ano, com uma arma tipo airsoft, em punho e dizendo que iria na escola para cometer um massacre. A ameaça seria por conta de uma briga com outro aluno.
O adolescente começou a frequentar a escola neste ano, mas na semana passada, a mãe decidiu trocá-lo de escola, em razão do baixo aproveitamento.
Com base nas mensagens, a direção da escola acionou a PM e denunciou o suposto ataque, ainda na noite de anteontem. Uma equipe da polícia chegou a ir no endereço fornecido pela escola, mas a família havia mudado de local.
O garoto já não ia à escola desde a última segunda-feira. Assustada com as ameaças e na tentativa de descobrir a história, a mulher decidiu levar o adolescente até a escola, uma vez que outro filho dela estuda no local. “Agora quero saber quem postou o vídeo. Onde está este vídeo? Quem é a mulher que ameaçou meu filho? Ela tem provas? Esses boatos não podem continuar. Quero esclarecimentos, porque é a vida do meu filho que está em risco. Ele não é nenhum santinho. Realmente é bagunceiro. Mas ele é querido pelos colegas e nunca faria isso”, contestou a mulher.
Um professor da escola, cujo nome foi preservado, confirmou as mensagens. “Infelizmente há alunos que gostam de provocar essas situações de mau gosto. Mas, mesmo achando ser brincadeira, decidimos pedir ajuda da polícia”, falou o professor.
O menino e a mãe foram levados para a Diju, onde o caso foi registrado e será investigado.