TRADIÇÃO NO CARNAVAL

Bloco do Cupinzeiro arrasta 2 mil foliões em Barão Geraldo

Com cerca de 100 componentes, o grupo de músicos se concentrou na Praça do Coco

Cecília Polycarpo
cecília.cebalho@rac.com.br
03/03/2014 às 22:58.
Atualizado em 24/04/2022 às 16:17

A bateria poderosa do Bloco Cupinzeiro animou cerca de dois mil foliões na noite desta segunda-feira (3), em Barão Geraldo, Campinas. Com cerca de 100 componentes, o tradicional grupo de músicos se concentrou na Praça do Coco, às 18h, e saiu pelas ruas às 19h. Adultos e crianças dançaram com uma melodia animada que homenageou a Bahia, o axé e os orixás. Formado em 2002, o bloco deixou as marchinhas de lado e exaltou o samba de raiz. "É um bloco com uma musicalidade muito forte. Eles capricham na bateria, no samba, e têm instrumentistas muito bons", disse o secretário de Cultura Ney Carrasco, que acompanhou a folia. O Núcleo de Samba Cupinzeiro foi formado no quintal dos membros como roda de samba, e é ligado ao Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mantendo a tradição dos blocos de rua, a bateria desfila com um samba mais lento, diferente das escolas, e a cada ano apresenta um tema diferente. "Eles são mais animados que outros blocos que se apresentam em Barão porque tocam um samba mais tradicional. A música é mais bonita e eu gosto mais", disse a professora aposentada Maria de Lourdes Galvão, de 64 anos, que há cinco anos acompanha as apresentações do Cupinzeiro com o marido. O casal Joel e Sabine Moura foi atrás do bloco pela primeira vez com a filha Rosa, de 3 anos, e aprovou a apresentação. "Está sendo um dos mais animados de Barão. Mas vim todos os dias com a minha filha aqui e todos são muitos divertidos. É um Carnaval bem familiar, sem bagunça, todo mundo se respeita", disse Sabine. Às 18h, o Bloco do Boi saiu pela primeira vez sozinho pelas ruas no Centro. O grupo, que desfilava todos os anos dentro da folia do Tomá na Banda, decidiu fazer uma festa independente em 2014. O primeiro Bloco do Boi foi criado originalmente em 1905, mas acabou em 1938, com a morte de seus criadores. Em 2010, o jornalista e cartunista José Luís Oliveira, o Zélus, retomou a tradição. BalançoO secretário Ney Carrasco fez um balanço prévio do Carnaval em Campinas. Segundo ele, os blocos roubaram a cena da festa da cidade e, neste ano, concentraram mais pessoas do que o normal. Barão Geraldo, por exemplo, recebeu mais de 10 mil foliões por dia até esta segunda-feira, de acordo com Carrasco. As matinês, no entanto, serão repensadas para o ano que vem. A festa armada na tarde desta segunda-feira na Praça João Amazonas, no Campo Grande, não teve mais de 100 pessoas. A estrutura tinha palco com banda e caixas de som. "A festa no Jardim Aeroporto também não teve muita gente. A matinê que deu mais quórum foi a da Vila Padre Anchieta", disse o secretário.Sobre os desfiles nos Amarais, Carrasco afirmou que a ideia deu certo e que a população elogiou a infraestrutura do novo Sambódromo.

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