CRISE

Birigui tem três prefeitos na mesma semana

Bernabé (PDT), afastado em julho por suposta compra de votos nas eleições de 2012 , voltou ao cargo

Willians Menani
20/09/2013 às 11:02.
Atualizado em 25/04/2022 às 03:11
Bernabé (PDT) havia sido afastado por suposta compra de votos nas eleições de 2012 ( Cedoc/RAC)

Bernabé (PDT) havia sido afastado por suposta compra de votos nas eleições de 2012 ( Cedoc/RAC)

Só esta semana, e em menos de três dias, Birigui teve três prefeitos. Pedro Bernabé (PDT), afastado em julho por suposta compra de votos nas eleições de 2012 , voltou ao cargo na quinta-feira (19) devido a uma liminar na Justiça. Fica no posto até que o mérito do recurso dele seja julgado. O interino Paulo Bearari (PT), que assumiu a prefeitura em julho com o afastamento de Bernabé, foi afastado pela Câmara na terça desta semana (17), acusado de ineficiência e omissão como presidente do Legislativo. Estava no cargo porque o vice de Bernabé também havia sido afastado. Com o afastamento de Bearari, a prefeitura automaticamente seria assumida pelo presidente interino da Câmara, Wlademir Zavanella (PDT). Entretanto, na quinta Bearari se recusou a deixar o cargo de prefeito, alegando ser vítima de um golpe e que não teve direito à defesa. A crise Começou em fevereiro, quando a Justiça Eleitoral do município cassou o mandato de Bernabé (PDT) e do vice Antônio Carlos Vendrame (PSD) por suposta compra de votos nas eleições de 2012. Com o afastamento, Paulo Bearari (PT), então presidente da Câmara, assumiu a cadeira do Executivo em 28 de fevereiro, e governou por 20 dias. Devido a uma, Bernabé reassumiu o posto em 21 de março. Entretanto, o processo foi para segunda instância. Em 23 de julho, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou o recurso de Bernabé, e manteve a decisão pela cassação dos mandato dele e do vice, conforme sentença de primeira instância. Assim, em 30 de julho, o presidente da Câmara Paulo Bearari (PT) reassumiu assumiu a prefeitura. Quando a comandou por 20 dias (entre o final de fevereiro e começo de março), Bearari demitiu o secretário de Negócios Jurídicos, Glauco Peruzzo Gonçalves, alegando que precisava de alguém de confiança no cargo. Com a volta de Bernabé, Gonçalves foi readmitido. Porém, com o novo afastamento do prefeito e a volta de Bearari em julho, o secretário foi demitido novamente. A segunda demissão ocorreu um dia após Bearari reassumir o Executivo. Dessa forma, o ex-secretário entendeu que a exoneração se tratava de questões pessoais, já que, segundo ele, o prefeito interino não apresentou justificativa para a demissão. Já na última terça (17), a Câmara afastou Bearari por ineficiência e omissão no cargo de presidente do Legislativo. A denúncia de suposta quebra de decoro e demais infrações administrativas e políticas foi apresentada à Câmara por Gonçalves, afastado do cargo, duas vezes, por Bearari. No documento, o denunciante argumenta sobre possíveis irregularidades na contratação de serviços e negligência com o dinheiro público, citando a fase de mudança de sede do Legislativo, quando as adequações no prédio atrasaram a utilização do espaço para a realização das sessões. Wlademir Zavanella (PDT), presidente interino da Câmara, assumiria, na quinta, o comando interino da prefeitura. A Lei Orgânica do Município estabelece que, em caso de afastamentos do prefeito eleito, do vice ou presidente da Câmara, assume a cadeira do Executivo o secretário de Negócios Jurídicos. Porém, como atualmente o cargo está vago, Zavanella assumiria automaticamente, de acordo com a legislação.

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