O papo que rola

Bibi e Leão, casal de cães comunitários, conquistam uma legião de amigos

Segue matéria publicada na última edição do jornal O Quinze:   Paulo Planta...

18/02/2014 às 14:49.
Atualizado em 24/04/2022 às 17:06

Segue matéria publicada na última edição do jornal O Quinze:   Paulo Planta Um casal conquistou os moradores, frequentadores do Centro e comerciantes do distrito de Sousas. O nome dele é Leão. Apesar do nome, não mete medo em ninguém. Ela é a Bibi e, como a maioria dos cães, adora cosquinhas na barriga. O casal de vira-latas de porte médio perambula pelas ruas centrais, sempre sob o olhar atento de uma legião de protetores. Os dois cachorros transformaram-se em cães comunitários. São adorados, principalmente pelos frequentadores do Bar Caipirão, onde passam a maior parte do tempo. É comum vê-los circulando tranquilamente entre os fregueses. O dono bar, Donizete da Silva, diz que lá todo mundo trata bem os cachorros e que não impede que entrem no bar. Ele diz que existem pessoas que não gostam dos animais. “Digo a eles que é melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro”, brinca. Quem conhece os bichos ajuda a cuidar e fiscaliza como são tratados. “São mais bem cuidados do que crianças”, diz Walter da Silva, funcionário da Sanasa. “Nunca morderam ninguém”, diz. Mas ele está enganado. A comerciante Maria, que pede para ser identificada como Maria do Mercadinho, levou uma mordida leve. Ela foi ajeitar a ração dada a Leão e ele achou que ela estava tirando o alimento dele. “Foi só um arranhão”, diz. E o episódio serviu para mostrar que quem cuida de animais é recompensado. Maria não precisou se preocupar, já que ela conhece bem a história de Leão e Bibi. “São vacinados e castrados”, comenta. Ela faz parte de um grupo que ase uniu para cuidar do casal de cachorros. Se surge algum indício de risco para a saúde, eles são levados ao veterinário. Ela conta também que periodicamente os cães recebem remédio para erradicar pulgas, carrapatos e vermes. A dupla está na rua há uns três anos. Alguns dizem que uma mulher mudou de Sousas para um apartamento e não levou os animais. Desde essa época, todo mundo cuida dos bichos, diz Clemente Cassela Filho, que produz o programa de rádio A Praça na Roça no Cândido Ferreira e trabalha na oficina de mosaicos do hospital. Ele conta que Leão e Bibi apareceram ainda novos na rua e que ficaram muito queridos. Clemente prometeu falar da matéria sobre os bichos em seu programa, que vai ao ar de terça a quinta-feira, na Rádio Educativa. Para Celso Consove, que brinca todos os dias com os cães, eles são parceiros. “E aí amigão, como está?”, pergunta para Leão ao posar para a foto. O animal, que estava quieto até aquele momento, começa a abanar o rabo. Provavelmente, na linguagem dos cachorros, isso quer dizer: “Agora melhorou, amigão!”

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