PIRACICABA

Bem-te-vi adota casa como seu novo lar

Todos os dias Xiquinha desperta Irene A. Santos, 69, às 6h30 da manhã; seu marido, Xilmar diz acreditar que o pássaro é fêmea porque ela carrega gravetos para o interior da casa

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
16/03/2015 às 10:30.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:54

O radialista Xilmar Ulisses, 67, acredita que pássaro é fêmea porque ela carrega gravetos para o interior da casa ( Antonio Trivelin/ Gazeta de Piracicaba )

Todos os dias Irene Almeida Alves Aquino Santos, 69, acorda às 6h30 da manhã. No lugar do tradicional relógio, ela tem como despertador o cântico da bem-te-vi Xiquinha, que passou a fazer da casa de Irene e de seu marido, o radialista Xilmar Ulisses, 67, o seu próprio lar. Xilmar diz acreditar que é fêmea porque ela carrega gravetos para o interior da casa.A ave chegou na residência recentemente, segundo Ulisses, depois de um temporal. “Eu havia ido caminhar pela manhã e quando retornei a encontrei em cima da cabeça da Irene e chorando. Acho que estava assustada. Fui passando a mão na pena dela, dei banana e ela comeu. No período da tarde fui à agropecuária e comprei ração. Depois, comprei bichinhos de laranja e ela também aceitou. Agora, passa a maior parte do tempo aqui”, declarou o radialista.Xiquinha, que tem virado atração entre vizinhos, parentes e amigos do casal, toma conta da casa inteira. Na quarta-feira (11), quando a Gazeta esteve na casa, a encontrou em cima da mesa onde Irene utiliza seu notebook. Quando começa a jogar Paciência, ao ver as cartas sendo movimentadas no aparelho, a bem-te-vi começa a bicar a tela.A ave é companheira de todas as horas, segundo Xilmar. “Todos os dias eu saio para caminhar e ela vai me seguindo, voando na fiação dos postes. Me acompanha por algumas quadras e depois vai voar por aí. A todo instante vem em casa, come, toma água e sai. À noite vem dormir aqui”, explicou.Os locais preferidos dela, pela movimentação na residência, são a cozinha e a lavanderia. Ela voa sobre a mesa, cadeiras, vai nas plantas de Irene, nas tampas de panelas, na geladeira, em cima do bebedouro e até na cabeça dos moradores e visitantes, como fez com a equipe da Gazeta.Xiquinha não pode ver uma tampa de caneta que vai em cima. Puxa a tampa e fica jogando para todo lado. Está tão íntima de Irene e Xilmar, que a mulher abre a torneira, molha o dedo na água e deixa pingar as gotas no bico da ave. Ela pousa sobre a torneira para poder beber.Xilmar diz que no período da tarde costuma ir ao andar de cima fazer gravações para a rádio. De repente, tem de descer porque Xiquinha começa a grigar “bem-te-vi, bem-te-vi” e ele precisa descer. “Ela faz isso quando está com fome. Eu desço, ajeito a comida dela, a água e ela se sacia”. Para tomar banho, o passarinho mergulha na vasilha de água do cachorro que, no começo, estranhou a nova hóspede, segundo Xilmar, mas hoje não se aproxima dela.“Aqui ela tem total liberdade. Vai para onde quer, quando quer e recebe carinho. Para nós é uma grande alegria tê-la aqui. O dia que ela resolver tomar seu rumo e partir para outro lugar, com certeza, iremos entender”, completa.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por