Belas imagens é, basicamente, o que 'Prometheus' oferece

O longa 'Prometheus', que o Telecine Premium exibe neste sábado (25), às 22h, de Ridley Scott (2012), é exuberante e feio ao mesmo tempo no cenário inóspito, na fotografia escura, nos meandros daquele planeta — beleza difícil de descrever, portanto. E há poucos efeitos especiais (bom saber), pois parte do filme foi realizado na Islândia. Um dos acertos é, pois, a grandiosidade do cenário real e não apenas pela alta tecnologia empregada, mas por causa dos temas. Interessam-me os temas metafísicos — nada de novo, pois busca o sentido de tudo, dúvida ancestral. Mas como continuamos em dúvida, por que não?

Porém, a corrente de Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) herdada do pai parece símbolo frágil demais para entender o amplo sentido da vida, pois restringe uma ideia. No entanto, tal ideia não se materializa no sentido estrutural de contar história marcante — mesmo levando em conta os significados implícitos. Mas estes parecem juntados e lançados em meio a extenso painel de concepções imagéticas bem embaladas pela tecnologia, o que resulta em experiência sensorial — que é o que fica do filme.