Família da menina que nasceu com Síndrome de Berdon, teve de entrar com ação judicial para conseguir os R$ 2,25 milhões necessários para pagar o tratamento da menina nos Estados Unidos
Bebê Sofia, que tem síndrome rara, volta para a UTI de hospital em Miami ( Reprodução/ Facebook)
A menina Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e sete meses, voltou a ser internada na UTI do Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos. As informações sobre o estado de saúde da criança foram publicadas pela mãe da menina, Patrícia Lacerda, no Facebook. Segundo a família, Sofia estava com a respiração muito rápida e com febre, que chegou a 40ºC. A causa do mal estar é o vírus CMV que também causa erupções na pele da criança. "Este vírus tem maltratado a nossa pequena, está por todo o corpo e talvez em alguns órgãos. Por isso da febre também. A maioria do transplantados pegam este vírus. Em alguns, ele se manifesta e em outros não. E resolveu se manifestar na nossa bonequinha", explicou a mãe.De acordo com a família, a infecção é perigosa por causa da imunidade de Sofia, mas já está sendo tratada. "Não é nada fácil vê-la assim, dói muito, muito mesmo, e ela mesmo dodói manda beijos e piscadinha para todos, nos mostrando a sua força e como Deus é poderoso", disse Patrícia.TransplanteSofia se recupera de um transplante de cinco órgãos do aparelho digestivo, realizado no dia 10 de abril deste ano, nos Estados Unidos. Ela teve alta dois meses depois e continuou o tratamento em casa, mas voltou a ser internada após apresentar alergia.A criança nasceu com Síndrome de Berdon, uma doença rara que impede o funcionamento do intestino. Ela precisava de um transplante de estômago, pâncreas, fígado, intestino delgado e intestino grosso para sobreviver, mas a cirurgia, na sua faixa etária, não era realizada no Brasil. A família mobilizou as redes sociais e foi à Justiça, conseguindo que o governo brasileiro arcasse com o tratamento no exterior. Moradora de Votorantim, interior de São Paulo, a menina está na fase pós-operatória e a previsão é de que retorne ao Brasil só em 2017. Veja também Sofia pode esperar até seis meses por transplante Nesta quinta-feira, a criança de 6 meses passou pela primeira bateria de exames no hospital americano