Coluna Bate-Bola de 30/7/10 Neymar foi previsível O Santos voltou a jogar bem, envolveu o Vitória e ficou pertinho do título da Copa do Brasil ao vencer o primeiro jogo da final por 2 a 0. Mas não se fala em outra coisa a não ser o pênalti desperdiçado por Neymar. O atacante teve boa atuação. Abriu o placar, sofreu a penalidade ao dar uma pedalada e participou de outros lances de perigo. Mas falhou na cobrança que poderia ter deixado o Peixe ainda mais próximo de uma conquista inédita. O técnico Dorival Júnior já avisou que o garoto continuará sendo o cobrador de pênaltis do Peixe. Decisão acertada. Neymar não deve deixar de ser irreverente e ousado por causa dessa falha. O que ele não pode é ser tão previsível. Os goleiros que sofreram gols de cavadinha de Loco Abreu no Carioca e na Copa esperavam chutes fortes. Lee, o esperto goleiro do Vitória, já esperava que Neymar fosse fazer uma graça. E pegou o pênalti sem fazer esforço. A frase “Espero que apareçam times interessados no Felipe. Se ele for, graças a Deus.” De Andrés Sanchez, presidente do Corinthians. Fator surpresa Neymar não deve perder sua irreverência, sua ousadia. Ele faz o que o torcedor gosta de ver, o que qualquer um gostaria de fazer se estivesse em campo. Mas Neymar precisa ser inteligente, também. Deve usar sua habilidade para superar adversários, como fez no lance em que sofreu o pênalti. Na cobrança, falhou porque fez o que todos esperavam que Neymar, o irreverente, fizesse. Foi aí que faltou experiência. O Menino da Vila deveria ter cobrado como se fosse um Serginho Chulapa. Não seria tão bonito, mas seria surpreendente. O número 2 Felipe Massa falou grosso ontem, na Hungria. Disse que não é o segundo piloto da Ferrari e que se o cenário do GP da Alemanha se repetir, ele vai vencer. Não vai abrir a porta para Alonso, o número um do time italiano. É essa negação do óbvio que me irrita. Massa corre na equipe mais badalada do planeta, ganha uma fortuna e não quer sair de lá. Por isso, aceitou esse tipo de ordem, apesar de o campeonato ainda estar aberto. Natural que tenha acatado uma ordem de seus patrões. Mas assuma que fez isso. Assuma que, apesar de ainda estarmos em julho, ele já está descartado pela equipe. Se tivesse comprado a briga e vencido a prova, Felipe Massa não precisaria chegar à Hungria tentando convencer o mundo de que ele não é o número 2 da Ferrari. É claro que é. Coisa feia O ônibus do São Paulo foi apedrejado ao chegar ao Beira-Rio e, dentro do estádio, os jogadores paulistas reclamaram de água fria nos chuveiros e de falta de luz no vestiário. É lamentável que um clube como o Internacional, tão à frente de alguns concorrentes em outras áreas, ainda apresente esse comportamento de várzea num jogo de semifinal de Copa Libertadores. Lamentável. O futebol brasileiro precisa se livrar de artimanhas estúpidas como essa. É ridículo. São Paulo Se o Inter fez papelão fora do estádio, o São Paulo deu vexame dentro de campo. O time sem confiança e sem força ofensiva que não vence há quatro rodadas no Brasileiro foi o mesmo que enfrentou o Inter na semifinal da Libertadores. Não deu nem pro cheiro. Só deu Inter e o placar de 1 a 0 ficou de bom tamanho para o Tricolor. Foi mesmo um jogo entre um time que tem um empate e quatro derrotas nos últimos cinco compromissos contra um que acumula cinco vitórias. O São Paulo está muito longe da final da Libertadores de 2010 e muito longe também da edição de 2011. Revolução à vista no Morumbi. Diogo Gosto do trabalho de Vágner Mancini e acho que o Guarani acertou ao contratá-lo, mas acredito que o treinador está cometendo um erro ao escalar Diogo contra o Atlético-GO. A não ser que o garoto esteja treinando muito bem, não consigo ver justificativas para a mudança. Nos jogos em que entrou, Diogo teve atuações discretas ou nem isso. Não fez boas jogadas, não se destacou. É diferente, por exemplo, de Fabinho. O atacante teve raríssimas oportunidades no Brasileirão, mas em poucos minutos fez uma bela jogada que resultou no gol da vitória contra o Vasco, no Rio. Diogo não fez nada parecido. Tomara que mostre amanhã o que só Mancini viu até agora. Número 259 VOLTAS na liderança deu Mark Webber na temporada 2010 de F-1. Ele lidera a estatística. 7 ABANDONOS teve Pedro de La Rosa na temporada 2010 de F-1. Ninguém parou tanto. 40 VOLTAS na liderança deu Felipe Massa na temporada 2010. Era pra ser mais, mas... 39 VOLTAS na liderança deu Fernando Alonso na temporada 2010. Era pra ser menos, mas...