Jogo Rápido

Bate-Bola

19/11/2013 às 17:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 21:50

Coluna Bate-Bola de 13/8/10 O Inter mudou O Internacional foi a Guadalajara e deu um passo gigantesco para conquistar o bicampeonato da Libertadores. A não ser que o Chivas apronte uma grande surpresa no Beira-Rio, o time gaúcho vai conquistar seu 14º título no século. Entre os campeonatos vencidos de 2001 até hoje estão os mais importantes da história do clube: uma Libertadores e um Mundial (2006), uma Recopa Sul-Americana (2007) e uma Copa Sul-Americana (2008), além de um tetra (2002 a 2005) e um bicampeonato gaúcho (2008 e 2009) e outros torneios menores. É taça que não acaba mais. O curioso da história é que se o início de século foi vitorioso, o final do anterior foi um desastre. O hoje admirado e temido Inter não ganhou nada no período entre 1998 e 2000. Antes dos três anos de jejum, apenas títulos estaduais e a Copa do Brasil de 1992. Muito pouco perto do que o Inter tem hoje. Por que melhorou? O que mudou de uma década para outra? Talvez nem os dirigentes do Inter saibam dizer. No DVD do centenário do clube, o ídolo Falcão definiu o período de vacas magras como uma má fase. Pode até ser. Conversei com um conselheiro do Grêmio e ele disse que o Inter se deu mal ao tentar copiar o futebol força do rival, que viveu um período de glórias nos anos 90. Na opinião dele, o Inter se reencontrou quando voltou a apostar em jogadores mais técnicos. Eu, à distância, vejo a chave do sucesso do Inter em uma mudança de mentalidade administrativa. A frase “Eu não sei como o Palmeiras libera um jogador como esse. A gente só tem que agradecer o Palmeiras.” De Leandro Silva, zagueiro da Ponte Preta, sobre Souza, reforço que se encaixou como uma luva no meio de campo da Macaca. Recursos Nos últimos anos, o Inter investiu pesado em ações de marketing que aumentaram a arrecadação do clube. Os dirigentes deram um trato no Beira-Rio, hoje mais confortável do que o Olímpico, ofereceram serviços aos colorados e trabalharam para garantir boas arrecadações em todos os jogos. Toda vez que o Inter se apresenta no Beira-Rio, apenas 11 mil ingressos são colocados à venda. O resto já pertence a sócios-torcedores, que contribuem mensalmente com o clube. Isso explica muita coisa sobre o sucesso do Inter. Causa e efeito É evidente que não basta implantar alguns bons programas de marketing para sair colecionando títulos expressivos. Muitos dos sócios foram conquistados após o título mundial de 2006. Aliás, o Inter tem um programa chamado “Sócio campeão do mundo”. O torcedor paga R$ 80 por mês e tem direito a ingressos para todos os jogos em casa. Por motivos óbvios, o Inter não reduz o preço dos bilhetes. Uma arquibancada varia entre R$ 40 e R$ 50, dependendo do campeonato. Um preço justo para um time vencedor. Lucro máximo Em jogos como o da próxima quarta-feira, nos quais a procura pelas entradas é intensa, o Inter manda um e-mail para cada sócio-torcedor solicitando a confirmação de quem irá ao estádio. Se dois mil torcedores não confirmam presença, o clube coloca uma carga extra com essa quantia à venda. Um clube acomodado nem teria essa preocupação, já que a renda seria excepcional do mesmo jeito. Mas o Inter tem um gerenciamento profissional, que sempre tem o objetivo de alcançar o lucro máximo. Ponte Preta Uma pena que a Ponte Preta não tenha conseguido contratar Marcelinho Paraíba. Sua presença no elenco aumentaria consideravelmente as chances de o time entrar para valer na briga pelo acesso. Mas já que a diretoria tem uma verba disponível para contratar um jogador com salário de R$ 60 mil (seria essa a parte da Macaca se fechasse com Marcelinho), que procure no mercado, o quanto antes, um jogador de qualidade. Salário no Brinco O Guarani pagou um mês de salário atrasado e promete pagar, em breve, o segundo mês vencido. Ontem o presidente Leonel disse que não sabe porque falam tanto desse assunto no Brinco, já que essse também é um problema que afeta outros clubes. Se concorrentes também têm esse problema, isso não ameniza em nada as consequências terríveis que os atrasos podem provocar no Brinco. O negócio é oferecer boas condições de trabalho ao elenco e fazer de tudo para que o time realize uma boa campanha. Se outros clubes atrasam, azar deles. Números 1974 FOI O ANO da única vitória do Guarani sobre o Atlético-MG, em Minas: 1 a 0, gol de Afrânio. 5 GOLS em 2010 marcou o atacante Ronaldo. Sua meta no início da temporada era de 30. 1999 FOI O ANO da última vitória do Guarani sobre o Atlético Mineiro: 4 a 0, no Brinco de Ouro. 13 TÍTULOS da Libertadores tem o futebol brasileiro (o 14º vem aí). A Argentina tem 22.

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