O ex-gerente da Petrobras revelou que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro Vaccari Neto
O ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco disse em depoimento à CPI da Petrobras que foram solicitados à SBM Offshore recursos para a campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro João Vaccari Neto.Questionado a quem eram destinados os valores, Barusco disse que o dinheiro foi dado na época da eleição presidencial em que disputavam o tucano José Serra contra a petista Dilma Rousseff, em 2010. Ele ressaltou que o dinheiro foi encaminhado ao PT. "Foi solicitado a SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", afirmou. Graça FosterO delator isentou Graça Foster, ex-presidente da estatal, de participação ou conhecimento sobre o esquema de corrupção instalado na estatal. "A presidente Graça nunca participou desse tipo de atividade. Se sabia, nunca externou", afirmou.Ele explicou que 1% do pagamento de propina era dado a ele e ao ex-diretor da Petrobrás Renato Duque e outro 1% era do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que operava pelo partido. Ele evitou dizer diretamente se a gestão petista na petroleira prejudicou a empresa."Não quero fazer julgamento se a gestão do PT foi boa ou ruim", respondeu. O ex-gerente admitiu, no entanto, que a má gestão e o pagamento de propinas são ruins para a Petrobras.