Barão Geraldo tem 'rolêzinho', blitz e policiamento ostensivo

A Polícia Militar modificou a estratégia na segunda noite do Carnaval campineiro. A medida visa evitar nova série de ataques no distrito de Barão Geraldo, como ocorreu na sexta-feira e deixou três lojas depredadas. Segundo o Tenente Coronel Marci Elber, da Polícia Militar, o rigor foi aumentado para evitar novas ocorrências no distrito. Elber disse que o efeitvo não aumentou, mas que as medidas adotadas foram feitas em conjunto com a Prefeitura, Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e Serviços Técnicos Gerais (Setec). A PM não comentou, no entanto, qual a estratégia adotada nem o número de policiais nas ruas. Ao menos 3 mil pessoas se concentraram na Avenida Santa Isabel, próximo onde ocorreram os ataques.O evento foi organizado pelo Facebook e apelidado de 'Rolêzinho'. Os foliões dançam e curtem a noite de forma separada do Carnaval tradicional, sem fantasia e com som alto do carro. Para evitar o "batidão" , como é conhecido, a Guarda Municipal (GM) reforçou a operação para apreender veículos com som alto, com base na "Lei do Pancadão" . A lei proíbe o excesso de volume de som nos carros que ficam até a madrugada estacionados nas principais ruas e avenidas. Até a 1 da manhã de domingo, a GM havia apreendido dois carros com base na lei. Segundo o diretor de Cultura de Campinas, Gabriel Rapassi, o evento semelhante ocorreu na sexta-feira com um maior número de carros "tunados" . A série de ataques ocorreu na madrugada de sábado. Um dos comércios mais prejudicados foi O Boticário, que fica na Avenida Santa Isabel, cuja porta de ferro foi arrombada e a vitrine destruída por pedras. Mais de 80% dos produtos foram levados. Treze jovens foram detidos pela quebradeira na loja do Boticário. Parte dos produtos foi recuperada pela Guarda Municipal e pela PM. Os produtos recuperados são avaliados em aproximadamente R$ 10 mil. Também foram furtados computador, celular e dinheiro, cujo valor a dona da loja não soube precisar. O distrito também foi alvo de uma mega operação da Lei Seca. A saída de Barão Geraldo foi alvo da blitz da Lei Seca, de iniciativa das Polícias Civil e Militar junto do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran). A ação ocorreria até as 7h00 de domingo (15). A fiscalização começou à 0h e até a 1h não houve flagrantes.   BlocoJá o folião que foi para brincar nas ruas encontrou muita animação com o bloco 'JegueGerso' que arrastou cerca de duas mil pessoas com marchinhas famosas. A agitação aconteceu até as 2h00 na Praça do Coco. Para a aposentada Celina Serra, de 60 anos, o clima é de tranquilidade. "Depois do que aconteceu sábado, agora tem até muita polícia'. Para fechar a noite, "Faz farra" e "Sonhos Havaianos" tocaram até as 4h00. Os blocos 'Ferradura', 'Pifanos, Flautins e Matuá' se apresentaram no início da noite para um público mais familiar.SousasO Bloco do Paredão, no Distrito de Sousas, começou às 20h30 e teve clima familiar. Muitas crianças aproveitaram momentos antes do bloco sair pelas ruas para curtir músicas infantis e marchinhas na Praça Beira Rio. A estimativa da Guarda Municipal é que cerca de 300 pessoas curtiram a festa. O casal Tina Lucas, de 38 anos, e o marido Flávio Zanella, de 43, vieram de Monte Mor curtir o Carnaval pois acreditam ser um local mais tranquilo para curtirem a folia com a filha Ana Beatriz, de 6 anos. "Este é o segundo ano que venho aqui e para as crianças é ótimo", disse Tina. ItajaíNo Jardim Itajaí, região do Campo Grande, os foliões puderam curtir o trio elétrico com Cecéu Muniz. Por volta de 22h, havia cerca de 500 pessoas no local, número considerado baixo. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) disse que a expectativa era de público de 7 mil pessoas. No local, os ritmos que tomaram conta foram o axé, funk e pagode. O rei momo, rainha e duas princesas estiveram no local e tiraram fotos e dançaram com a população. Até 0h não havia sido registrado ocorrências no local.       Veja também Moradoes de Barão Geraldo protestam contra saques e arrastão Comerciantes e moradores revoltados protestaram neste sábado (14) contra a realização do Carnaval no distrito. Pelo segundo ano consecutivo, festa é marcada por depredações e violência