Ação de quadrilha durou cerca de quatro horas e foi gravada por câmeras de segurança da empresa
Bandidos renderam dois vigias que faziam ronda no prédio (Sérgio Masson/Gazeta de Ribeirão )
Sete homens armados roubaram 500kg de dinamite na madrugada desta quinta-feira (14), da pedreira Inderp, localizada no Km 7 da rodovia Antônio Machado Sant'anna, em Ribeirão Preto. A Polícia Civil já tem pistas dos criminosos.
Os bandidos chegaram por uma estrada de terra que dá acesso a um canavial e passa por trás da empresa. Uma forte chuva ocorrida na semana passada ocasionou a queda de um muro, facilitando o trabalho para os criminosos. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles renderam dois vigias que faziam ronda no prédio e outros dois funcionários que moram no local.
"Eles obrigaram as vítimas a indicar o local onde estavam armazenados os explosivos e arrombaram o galpão. Os funcionários ainda tiveram que carregar os explosivos até o local onde eles entraram. Antes de fugir, os bandidos amarraram as vítimas com lacres plásticos e disseram que não era para olhar senão seriam mortos. Em seguida, eles fugiram em três veículos", disse o soldado da PM Fábio Eduardo Minchio.
A ação durou pelo menos quatro horas e parte do crime foi gravada pelas câmeras de segurança da pedreira. De acordo com o titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Paulo Henrique Martins de Castro, as imagens mostram apenas um dos carros parando e três homens encapuzados entrando na pedreira. "Temos uma linha de investigação e alguns suspeitos, mas não vamos divulgar nenhum detalhe para não atrapalhar as investigações."
O artefato chegou à empresa na sexta-feira (8). A PM acredita que o material será usado para a explosão de caixas eletrônicos e distribuído em todo o Estado de São Paulo. "O Exército tem controle sobre esses explosivos, para a compra e armazenamento. Então acreditamos que pode ter havido a contratação da quadrilha para realizar o roubo e repassar para outra quadrilha especializada em explosões de caixas", explicou o soldado.
O especialista em assuntos militares Roberto Godoy afirmou que é comum o desvio ou roubo desse tipo de artefato de empresas que o utilizam. O problema é a falta de segurança adequada para evitar a prática. "As empresas deveriam ter muito mais cuidado sabendo que há o armazenamento do explosivo em determinado local, além de redobrar a segurança."