CNT coloca trecho da via entre São Paulo e Limeira em 1º lugar
O trecho da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) entre São Paulo e Limeira é um dos melhores do País, de acordo com a 16ª Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT). Sua classificação foi “ótima”. A Anhanguera (SP-330) entre o trecho São Paulo/Uberaba, aparece em sétimo lugar, também com a avaliação “ótimo”. Na ligação Sorocaba/Mogi Mirim vêm a Rodovia Santos Dumont (SP-075) e a Campinas-Mogi (SP-340) no 15º posto, classificadas como “ótimas”. No trecho Campinas/Jacareí a SP-340 volta a aparecer com a Rodovia D. Pedro I (SP-065), com a avaliação “bom”. Todas são mantidas por concessionárias.
A SP-348 e a SP-330 são administradas pela CCR AutoBAn. A concessão da SP-340 é da empresa Renovias; a Colinas gere a SP-075 e a Rota das Bandeiras a SP-065. Segundo o professor na área de transportes da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Carlos Alberto Bandeira Guimarães, os dados mostram o alto padrão da malha viária da região.
“Essas rodovias que ficaram em primeiro são impecáveis. Elas recebem manutenção constante, com fresagem do pavimento e recapeamento. São bem mantidas. Mas esse padrão é reflexo do preço do pedágio”, disse. Ele explica que este é o ônus para o usuário pelo serviço prestado.
Dez primeiras
O ranking dos 109 trechos de ligações rodoviárias é representado por rodovias consideradas de grande importância para o transporte de cargas e de passageiros. As dez primeiras colocadas têm extensão concessionada e estão localizadas no Estado de São Paulo, sendo 2.072 Km de rodovias estaduais e 28 Km de rodovias federais. De acordo com o professor, o estado de São Paulo destoa da realidade do resto do Brasil.
“O Estado tem alto padrão. Mesmo os pontos que são mantidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) estão em bom estado. A malha viária é a melhor do País. O modelo de concessão faz com que isso aconteça.”
Mas os dados apontaram que, dos quase 96 mil quilômetros analisados no País, 62% apresentam algum tipo de deficiência. Em relação ao pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente, apresentaram problemas.
Entretanto, no geral, a pesquisa demonstrou que aumentou o percentual geral de rodovias com algum tipo de deficiência em comparação ao ano passado. Em 2011, o índice foi de 57,4%.
Sinalização
Houve aumento também nos problemas de sinalização. Um índice de 66,2% dos trechos avaliados em 2012, contra 56,9% em 2011. Os pesquisadores encontraram 221 pontos críticos, que incluem erosão na pista, queda de barreira, ponte caída ou buraco grande. No ano anterior foram identificados 219. A pesquisa mostrou que houve um aumento de 36% nas erosões da pista em relação a 2011.
A quantidade de faixas centrais desgastadas ou inexistentes aumentou para 28,1%. No caso das faixas laterais, a elevação foi de 27,7%. As placas encobertas pelo mato também tiveram aumento de 2,4%. Segundo Guimarães, isso acontece pelo próprio uso das estradas, ações do tempo e falta de manutenção.
Para ele, a evolução do sistema ferroviário na região pode gerar impactos para o sistema rodoviário. “Se houver mudanças e as ferrovias começarem a ser usadas para transporte de carga, pode diminuir, por exemplo, o número de caminhões. Isso reduz a receita, mas também polui e estraga menos pista.”