SAÚDE

Baixa umidade põe cidades em estado de atenção

Região Metropolitana de Campinas sofre com clima seco; quatro municípios estão em alerta

Inaê Miranda
inae.miranda@rac.com.br
01/08/2013 às 05:01.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:57

Técnico da Defesa Civil vistoria área suscetível a incêndios; umidade do ar deve continuar baixa até sexta-feira (2) ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

O ar seco e a poluição colocam a Região Metropolitana de Campinas (RMC) em estado de atenção. Na tarde desta quarta-feira (31), as 19 cidades estavam com a umidade do ar em níveis considerados críticos. Campinas, Indaiatuba, Monte Mor e Vinhedo entraram em estado de alerta, quando a umidade do ar fica entre 12% e 20%. Paralelamente, o índice de poluição do ar na região sul de Paulínia e em Americana, registrados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), atingiu níveis moderados, próximos do ruim. A atuação da massa de ar seco estável e a pouca ventilação fez com que os níveis de poluição aumentassem, segundo Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb. Em uma escala de 41 a 80 em nível de poluição, a região sul de Paulínia atingiu 66, próximo do ruim. Já Americana chegou a 48. A classificação é feita pelo poluente que alcança o maior nível. “Americana e Paulínia Sul atingiram nível moderado por partículas inaláveis, que vem da fumaça dos carros, partículas do solo e industrial.” De acordo com levantamento da Defesa Civil, a baixa umidade do ar colocou 15 cidades da RMC em estado de atenção e as outras quatro em alerta. Campinas atingiu 19,4% às 11h25 e Vinhedo chegou ao índice mais crítico, de 18,1%. Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), é decretado estado de atenção quando os níveis de umidade do ar estão entre 20% e 30%. O estado de alerta é decretado quando o índice varia entre 12% e 20%. Abaixo dos 12% é decretado Estado de Emergência. “A umidade relativa do ar mínima ocorre no horário mais quente do dia, por volta das 15h”, explica a pesquisadora Ana Maria Heuminski de Ávila. Principalmente por causa do risco de incêndio, a Defesa Civil de Campinas realiza a operação estiagem. Segundo o diretor, Sidnei Furtado, trata-se de um trabalho integrado de medição e acompanhamento diário nas 19 cidades. “Agosto é o mês mais seco do ano e o que tentamos fazer é minimizar os riscos de incêndio.” Ontem, técnicos da Defesa Civil fizeram um trabalho de orientação em torno de matas em Pedreira, Santa Bárbara e Artur Nogueira. Também foi feita vistoria em áreas com risco de incêndio no distrito de Sousas, em Campinas. Hoje, a operação deve continuar no distrito com trabalho de orientação.Saúde A tendência, segundo o Cepagri, é que até sexta-feira os níveis de umidade do ar continuem em baixos por causa da massa de ar seca. Os cuidados com a saúde também precisam ser redobrados. A jornalista Juliana Freitas conta que as filhas Helena, de 7 meses, e Olívia, de 4 anos, sentiram muito a mudança no clima. A caçula é a que mais está sofrendo com o clima seco. “Ela está com nariz congestionado, chiado no peito e falta de ar. Precisei levar ao médico e a recomendação foi para fazer inalação e usar umidificador quando o tempo tiver seco”, conta. De acordo com o pneumologista Paulo Roberto Tonidandel, por causa do ar seco, os ambulatórios registram um aumento de até 30% na procura. As pessoas mais atingidas, segundo o médico são as crianças e os idosos, além dos pacientes que possuem doenças respiratórias como asma ou doença pulmonar obstrutiva, que apresentam piora do quadro. “É fundamental adotar alguns cuidados como aumentar a hidratação, evitar locais muito aglomerados, lavar as mãos com mais frequência por conta dos vírus.” Umidificar o ambiente com vaporizador nos dias muito secos, utilizar toalhas molhadas e reduzir o esforço ao ar livre ajudam a enfrentar o clima sem prejuízos à saúde. Além dos problemas respiratórios e do risco de incêndios, a baixa umidade pode levar a ressecamento da pele, irritação nos olhos e sangramento no nariz.

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