CAMPINAS

Aumento dos latrocínios desafia Secretaria

Cidade seguiu a tendência do Estado, que em geral registrou aumento no número de latrocínios

Fabiana Marchezi
correiopontocom@rac.com.br
26/07/2013 às 12:01.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:57

Polícia cerca casa de empresário morto após roubo no Jardim Palmeiras, em fevereiro deste ano: mais de um caso por mês em Campinas ( Cedoc/RAC)

Um engenheiro-agrônomo de 60 anos, um empresário de 76 e um comerciante de 42 são três das sete vítimas de latrocínio — roubo seguido de morte — ocorridos no primeiro semestre deste ano em Campinas. Com 75% de aumento no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram quatro registros, o crime é um dos que mais cresce e desafia o setor de Segurança da cidade. Somente no mês de fevereiro foram contabilizados quatro casos. A cidade seguiu a tendência do Estado, que em geral registrou aumento no número de latrocínios. Na Capital, por exemplo, foram 77 roubos seguidos de morte no semestre, o que representa um aumento de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado (56 latrocínios). O primeiro lugar no aumento da criminalidade, no entanto, está com os roubos a banco, que tiveram alta de 133% entre janeiro e junho deste ano. “Foi um trauma. A ação dos bandidos durou uns cinco minutos, mas parecia uma eternidade.” Assim a assistente administrativa Fabiola Leonel, de 26 anos, lembrou de uma tarde do último mês de março, quando foi vítima de um crime do tipo. Três bandidos armados invadiram a agência bancária que ela frequenta diariamente e renderam funcionários e clientes para levar o malote do banco. O número desse tipo de ação aumentou de três para sete casos, sendo que o mês de março foi o mais complicado, com três ocorrências. Além deles, outros crimes contra o patrimônio como roubo de carga e roubo de veículos também cresceram em comparação ao primeiro semestre de 2012. Entretanto, os roubos comuns, furtos comuns e de veículos, estupros e homicídios apresentaram tendência de queda no mesmo período. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). O roubo de cargas apresentou alta de 38,2% no período. De janeiro a junho de 2012, 136 caminhões foram levados por quadrilhas especializadas nas vias que cortam Campinas, enquanto que neste ano já foram registrados 188 casos. O roubo de veículos registrou alta menor no período: 11,6%. Foram 2.434 veículos roubados entre janeiro e junho deste ano, enquanto no ano passado o número foi de 2.181 uma diferença de 253 carros. As apreensões de tráfico de droga também cresceram no período. Este ano foram feitas 677, contra 589, no ano passado, o que significa um aumento de 14,9%. Redução Campinas reduziu em um caso o número de assassinatos nos seis primeiros meses do ano. Em 2013, até o fim de junho, foram 66 mortes intencionais, a maioria entre os meses de janeiro e fevereiro — 13 e 12 casos, respectivamente. No ano passado, foram 67. Os roubos comuns também caíram de 4.395 para 3.954, ou seja, 441 casos a menos. Os furtos de veículos também seguiram tendência de queda, com 2.503 este ano. Em 2012, foram 2.723 — 220 casos a menos. Para a redução notada nesses crimes, foi criado no início do ano um Gabinete de Segurança para integrar as policiais Civil e Militar à Administração Municipal. As ações do grupo foram anunciadas em maio, e entre as medidas está a regionalização dos concursos públicos para a Polícia Civil e a compactação de veículos apreendidos e esquecidos nos pátios, como forma de combate ao roubo e furto de veículos. O Estado também anunciou a localização da 2 Delegacia Seccional da cidade. A seccional será instalada no bairro Jardim Londres. Além disso, desde abril, a Polícia Militar vem mudando sua forma de agir na cidade e tem implantado o modelo de bairros perigosos da Capital, como Capão Redondo e Itaquera, para reduzir os índices criminais. Uma das medidas foi a unificação da Força Tática (grupo de elite da PM) que passou a atuar 24 horas no município. Procurado, o Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2) não foi encontrado ontem para comentar os dados divulgados pela SSP.

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