CAMPINAS

Audiência na Justiça põe fim à greve de servidores da Prefeitura

Executivo fez proposta aceita pelo Sindicato dos Servidores em audiência de conciliação na Justiça que começou às 14h e terminou no início da noite desta terça-feira, 16

Eric Rocha
eric.rocha@rac.com.br
16/06/2015 às 22:05.
Atualizado em 23/04/2022 às 10:22

Servidores Municipais fecham a Avenida Anchieta na tarde desta quarta-feira (3) em Campinas (Divulgação/ Stmc)

Os servidores da Prefeitura de Campinas encerraram na noite desta terça-feira, 16, a greve da categoria. A paralisação começou no dia 1º de junho e durou 16 dias. Os funcionários aceitaram em assembleia a proposta de reajuste de 8,36% nos salários - o índice corresponde a inflação de maio de 2014 a abril de 2015 calculada pelo ICV-Dieese. O auxílio alimentação terá alta 15,9%, e passa de R$ 680,00 para R$ 788,00. O vale nutricional, destinado aos aposentados, aumenta de R$ 100,00 para R$ 120,00, elevação de 20%. Os servidores voltam ao trabalho nesta quarta-feira (17).A proposta foi feita pelo Executivo ao Sindicato dos Servidores em uma audiência de conciliação na Justiça que começou às 14h e terminou no início da noite. O encontro foi mediado pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Wagner Gídaro. O sindicalistas pediam inicialmente 18,34% de reajuste nos salários e R$ 905,00 de vale-refeição, além do pagamento integral do benefício aos aposentados. Foram necessárias cinco mesas de negociação até a discussão ir parar no Judiciário. A penúltima proposta da Prefeitura havia sido um reajuste de 7,21% imediatamente (data-base maio) e mais 1,07% em novembro, mas a categoria não aceitou."A gente fez as propostas, mas elas foram rechaçadas pelo sindicato. A figura do juiz foi muito importante para que a gente chegasse em um acordo" , disse o secretário de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida. Ele afirmou que os funcionários não terão os dias parados descontados, mas que precisarão fazer a compensação das horas não trabalhadas. As pautas específicas das áreas da Educação e da Saúde serão discutidas ainda este mês em um calendário já acertado com os servidores - as outras áreas terão as demandas analisadas em datas ainda a serem definidas. O coordenador do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas, Jardirson Tadeu Cohen, disse que a negociação com a Prefeitura foi "dura" e que o governo pouco cedeu. "Negociação é sempre muito difícil. Quando vai pra Justiça, é ainda pior. Apesar de todas as dificuldades, foi um certo avanço ter o valor integral" , comentou. O Executivo deve agora enviar nos próximos dias o projeto de lei à Câmara Municipal que referenda a proposta. "Vamos tentar aprovar ainda antes do recesso (de 1º a 31 de julho), pra dar tempo de pagar ainda na folha de Junho" , afirmou o secretário. A Prefeitura informou que, na maioria dos dias de greve, a adesão dos servidores à greve foi de 2%.

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