POLUIÇÃO

Atletas defendem a Baía de Guanabara

Diretor de Esportes do Rio-2016, Rodrigo Garcia, destacou que recebe relatórios sobre a qualidade da água

Agência Estado
01/08/2015 às 12:51.
Atualizado em 28/04/2022 às 18:00

Um dia após a qualidade das águas da Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e Praia de Copacabana receber duras críticas da imprensa internacional - e abrir caminho para que a cidade de Armação de Búzios (RJ) lançasse de vez a sua “candidatura” à sede das competições de vela da Olimpíada de 2016 -, nesta sexta-feira foi a vez de entidades e atletas saírem em defesa do Rio.A Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês) publicou um texto em seu site destacando que “está em contato permanente” com autoridades do Brasil e destacou o esforço dos organizadores dos Jogos em garantir condições adequadas para os atletas. Já o Comitê Olímpico dos Estados Unidos negou que tenha solicitado mudança de local das provas.“Vamos continuar a trabalhar em estreita colaboração com as federações nacionais e internacionais, bem como com os organizadores olímpicos no Rio, usando todos os dados relevantes para proteger a saúde dos atletas”, informou, em nota oficial.Posição semelhante apresentou o Comitê Olímpico Inglês, que, também por intermédio de comunicado, destacou a união do Comitê Rio-2016, Comitê Olímpico Internacional (COI) e federações internacionais “para certificar a segurança das águas para os atletas”.COPACABANA - Partiu dos próprios competidores a defesa mais veemente do Rio. Nesta sexta-feira, durante coletiva de lançamento do evento-teste do triatlo, que acontece neste sábado e domingo em Copacabana, a triatleta brasileira Pâmella Oliveira lembrou que o Rio e a praia da zona sul têm histórico de competições na água.“Há várias provas aqui, maratona, triatlo, centenas e centenas de turistas todos os dias que se banham. Eu mesma já vim e já voltei um milhão de vezes e nunca tive problema”, afirmou a atleta. “Isso (risco de contrair doenças na água) não me preocupa de maneira alguma. Penso que essa questão já foi resolvida quando colocaram a prova aqui em Copacabana. Não acredito que tenham colocado aqui sem ver todas essas questões”.Atual campeão olímpico de triatlo, o britânico Alistair Bronwlee também minimizou o assunto. “Perguntas sobre qualidade da água sempre serão feitas para nós, em qualquer lugar”, disse. “Para ser sincero, já nadei em águas muito piores”.O diretor de Esportes do Rio-2016, Rodrigo Garcia, destacou que a entidade recebe relatórios semanais da qualidade da água. Ele confirmou que um dos pontos de Copacabana estava impróprio na última segunda-feira, devido à chuva que ocorreu no fim de semana passado que levou “água da rua” para o mar. “Mas acabamos de receber os novos testes e esse ponto já não apresenta mais a qualidade imprópria”, garantiu.

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