CAMPINAS

Ativista marca o corpo a ferro em manifestação

Estudante de enfermagem marcou o número 269; sequência é o nome do grupo de ativistas

Da redação
20/11/2013 às 19:06.
Atualizado em 24/04/2022 às 23:10

Uma manifestante de 21 anos, que é vegana e não come nenhum alimento ou usa qualquer produto derivado de animal, marcou o número 269 em seu braço com ferro quente. Foi durante uma manifestação contra testes e pesquisas com animais reuniu voluntários de nove organizações não governamentais (ONG) de Campinas, na manhã desta quarta-feira (20), em frente à Praça Guilherme de Almeida, conhecida como a Praça do Fórum. Cerca de 50 pessoas carregavam faixas e placas com frases contra experimentos realizados com cães e outras cobaias. De acordo com os ativistas, a sociedade é responsável por aceitar os métodos escolhidos pelos cientistas e deve exigir mudanças. “Boicote aos testes com animais em produtos que satisfazem apenas nossa regalia”, gritavam. Ativistas mais radicais usaram máscaras, aventais pretos e passaram tinta no corpo. A manifestante que se marcou com ferro é estudante de enfermagem, que preferiu não divulgar seu nome. Segundo ela, foi um apelo à forma como o gado é separado para o abate. A sequência de números é o nome do grupo de ativistas e foi inspirado na numeração de um bezerro marcado em uma fazenda de gado leiteiro israelense. Marcador de plásticoOutra manifestante prendeu na própria orelha um marcador de plástico usado para identificar o gado. Durante o protesto, também foram arrecadadas assinaturas que serão enviadas à Polícia Civil com pedido de melhorias na infraestrutura e no atendimento na Delegacia de Proteção aos Animais de Campinas. Segundo Flavio Lamas, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Animais da cidade, as manifestações conta pesquisas com animais ocorrem simultaneamente em 30 cidades e a arrecadação de assinaturas irá prosseguir nos próximos dias e também no final de semana durante as feiras de adoção. Muitos manifestantes reclamaram que, quando tentam fazer uma denúncia nas delegacias comuns sobre crimes contra cães e outros bichos, a queixa é descaracterizada, como se os animais não sentissem dor, disse a voluntária Sônia Pequeno, do Grupo de Apoio ao Animal de Rua (Gaar), que atua na promoção da guarda responsável e da castração.Um cão pitbull com severos sinais de maus-tratos foi colocado para adoção por manifestantes que resgataram o animal. E logo encontrou alguém disposto a adotá-lo.

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