Atendimento demora e usuários vandalizam salas em hospital

Dois irmãos de 18 e 23 anos quebraram as portas de um consultório e de um banheiro na Unidade Pré-Hospitalar da Zona Norte, em Sorocaba, no domingo (14), após esperarem mais de cinco horas para serem atendidos.

O mais velho disse à polícia que danificou a porta por achar que o irmão não seria atendido. Em relação à porta do banheiro, o outro afirmou ter ficado preso por dentro quando foi utilizar o espaço e disse não ter sido socorrido.

Na terça (16), o jardineiro Anderson Luiz dos Santos, de 31 anos, teve de dar murros em uma das mesas da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste. Ele disse que ficou a ponto de bater em alguém ao ver que estava sendo deixado de lado.

A vendedora Fátima Caruso, de 53 anos, também gritou com a atendente para que um homem ao seu lado recebesse atendimento na mesma unidade. Ela ficou indignada de a funcionária querer preencher a ficha com o homem sangrando.

Os pacientes reclamam que o atendimento tem demorado até dez horas nas duas unidades por falta de médicos e devido ao acúmulo de pessoas. Para os usuários, falta preparo também aos funcionários para o atendimento.

A Secretaria de Segurança Comunitária informou que casos semelhantes de violência, como os ocorridos nas unidades, não são frequentes e que a Guarda Civil Municipal mantém homens nas unidades de saúde da cidade.

Já a Secretaria de Saúde informou que a escala de médicos da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste estava completa nessa terça. Segundo a assessoria, havia cinco médicos clínicos e três pediatras realizando os atendimentos.