O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, Ricardo Silva (PDT), tem recebido umas cobranças em público. Nesta segunda-feira (9), pela segunda vez, o vereador e membro da CPI Walter Gomes (PR), cobrou do presidente que se siga o objeto para o qual a Comissão foi instalada, ou seja, analisar a eventual quebra do contrato de concessão do transporte coletivo, em vigor desde o ano passado. Na primeira vez, o republicano falou que a CPI deve se ater ao objeto, sem desviar o foco. Na segunda, disse que algumas perguntas fugiram do propósito, mas não quis relatar quais delas estariam indo por outros caminhos. É claro que a CPI busca provas em vestígios. E muitas vezes pode perguntar sobre pescaria para saber sobre caça. Tudo depende da condução dos trabalhos. Mas aparentemente será difícil se chegar a um bom termo na investigação. Há muita gente, dentro do próprio grupo remando contra. E as pequenas discordâncias durante as sessões de depoimento, embora polidas, demonstram que não há unidade de pensamento entre os integrantes, o que pode dificultar o trabalho. Mas há progresso nos trabalhos. Embora não contente a todos, muitas revelações estão sendo feitas. Por exemplo, que a quantidade de fiscais disponíveis para garantir que o contrato seja cumprido à risca pouco passa de 20% do necessário, segundo os próprios depoentes. Se não há fiscalização, há grande risco de cláusulas serem descumpridas e, logo, a quebra do contrato. Aí está o objeto. De frente para os vereadores.ANCIÃOE por falar em Walter Gomes, ele tem sido motivo de descontração em alguns momentos das sessões da CPI. Embora mostre discordância em alguns pontos e exige certas medidas em outros, tem ironizado com sucesso em alguns momentos. Na sessão desta segunda-feira, por exemplo, pediu que um dos depoentes falasse mais alto, porque“está com uma certa idade” e já não ouve tão bem. Deve ter ouvido algumas risadas. Em tempo: o depoente falava em um microfone.PELOS MISERÁVEISO vereador Samuel Zanferdini (PMDB) enviou ofício à prefeita Dárcy Vera (PSD) pedindo, com a máxima urgência, a implantação de política públicas que visem a atender os moradores de rua, no sentido de erradicar “o estado de pobreza e até de miserabilidade”. Ele pede que se dê a estes cidadãos um pouco de dignidade, com alimentação, higiene e um lugar digno onde possam ser tratados como verdadeiros seres humanos.CETREMO vereador peemedebista também volta à carga no sentido de mudar de local o Cetrem, que hoje funciona nos Campos Elíseos, luta que desenvolve há tempos. No ano passado, chegou a ter a garantia de que haveria a mudança, o que ainda não ocorreu. Assiste razão ao vereador. Não é difícil encontrar gente que perambula pelas ruas, em qualquer horário, em vários bairros da cidade.POR MAIS EMPRESASA prefeita Dárcy Vera cobrou ontem, em público, ação do jornalista Renato Alves, que foi transferido da Secretaria de Governo para a de Planejamento e Gestão Pública com a missão de buscar novas empresas para Ribeirão Preto. “Dei uma missão ao Ivo (Colichio, nomeado diretor técnico do Daerp) e outra a você. Vamos telefonar, fazer contato, visitar e convencer os empresários a vir para Ribeirão”, disse a prefeita. E emendou que confia na capacidade dele para desenvolver a missão.SÓ NO AGUARDOCircula pelas redes sociais um quadro com a foto de 66 deputados estaduais que ainda não assinaram o requerimento de instalação da CPI do Propinoduto, para investigar possíveis irregularidades em obras do metro de São Paulo durante os governos tucanos de Mário Covas (já falecido), José Serra e Geraldo Alckmin. Entre os que esperam o “momento certo” para assinar estão os três deputados de Ribeirão Preto, Baleia Rossi (PMDB), Rafael Silva (PDT) e Welson Gasparini (PSDB).