FINANCIAMENTO

Até Sumaré está no rolo da Lava Jato

Em depoimento ao Ministério Público Federal, os delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato relataram que definiram o valor de R$ 600 mil para financiar ilegalmente a campanha da ex-prefeita de Sumaré

AAN
nmg
24/04/2017 às 21:03.
Atualizado em 22/04/2022 às 19:36

Delação = A denúncia é de que a Odebrecht teria dado R$ 900 mil aos candidatos em 2012 (Cedoc/RAC)

Em depoimento ao Ministério Público Federal, os delatores da Odebrecht na Operação Lava Jato relataram que definiram o valor de R$ 600 mil para financiar ilegalmente a campanha da ex-prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB). Para o candidato do PT, Professor Tito, o montante reservado foi de R$ 300 mil. A ex-prefeita receberia o dobro por ter mais chances de ser eleita. As denúncias colocam em dúvida a legalidade da privatização da gestão de água e esgoto de Sumaré, licitação vencida pela Odebrecht Ambiental em 2013. O conteúdo dos depoimentos evidencia que a prática de investir em campanhas políticas rendia acordos vantajosos. Para as eleições de 2012, a Odebrecht Ambiental, braço do grupo Odebrecht, selecionou as cidades que considerava de importância fundamental e capazes de contribuir para o plano de expansão da empresa. Assim como Sumaré, estavam nessa lista Porto Ferreira, Mauá, Limeira e Guarulhos. A seleção era feita pelo ex-executivo Guilherme Pamplona Paschoal, que fechou acordo com os procuradores da Lava-Jato. A estratégia dos executivos usava o poder econômico para influenciar as decisões municipais. O objetivo da Odebrecht era de angariar novos contratos de prestação de serviços de água e esgoto. PROFESSOR TITO SE DEFENDE Professor Tito (PT) negou qualquer envolvimento com a Odebrecht Ambiental durante o processo eleitoral. Segundo o ex-candidato, a concessão na gestão de água e esgoto de Sumaré não estava entre as suas promessas de campanha. Já a ex-prefeita Cristina Carrara não atendeu à reportagem.

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