ig-zeza-amaral (AAN)
O nome do Brasil é descaso. Ninguém é punido pelos seus crimes. Chicanas, recursos, tudo vale para livrar a cara de corruptos que roubam o dinheiro do povo, sem contar com os criminosos que matam dirigindo suas máquinas possantes, travando rachas, embriagados de dinheiro e álcool.Vou devagar com o meu andor, que bem sei que é de barro, e que isso me aconselha a tomar cuidado com as minhas escolhas. Sou, é claro, pelas escolhas individuais: cada um que arque com suas consequências, com as suas escolhas, e isso passa batido pelas instâncias jurídicas. Tantas chicanas, tantos recursos, tantos interesses, tantos amigos, tantos brasileiros para trabalhar e pagar seus impostos em dia, sem direito a um mínimo de respeito republicano.O Brasil é uma república de bananas políticos. O Brasil é comandado pelo sindicalismo pelego, que invadiu a máquina estatal, dos fundos de pensão, do lobismo mais indecoroso, do Dirceu e Palocci que ganham milhões de reais vendendo influências políticas, de ministros que caem como moscas às malhas da justiça federal, de uma presidente da república que abandona a vassoura moral para preservar uma eleição que só acontecerá em 2018. E o Brasil é agora, já!, com todos os seus problemas de saneamento estruturais, sobretudo moral e ético.Ministros não são capacitados para a sua função. São mamulengos do que há de pior na política, bonecos de palha a serviço da gentalha partidária, títeres, sem interesse para melhorar a vida emocional e profissional de milhões de brasileiros.Não há notícia do governo presidencial para mudar o quadro ministerial do País. Haverá, é claro, uma reforma tradicional para acomodar os interesses políticos de aliados que compõem a base governista. E nada garante aos brasileiros que tal manobra política irá recompor os interesses republicanos, melhoria nos serviços de Saúde, Educação e Emprego. Dilma é apenas uma preposta de Lula e de Lula sabemos que ele só alimenta, demagogicamente, as expectativas do pobre, enquanto que, ao mesmo tempo, generosamente protege os miliardários lucros de amigos pessoais, os lobistas Palocci, José Dirceu e de tantos outros que compõem a base governista, além de deputados do bem chamado baixo clero, apenas para ficar na periferia dos últimos escândalos nacionais.Dilma Rousseff, a presidente, pela primeira vez na história republicana não pronunciou um comunicado à nação brasileira. Até mesmo os ditadores militares não se furtaram a isso, e é claro que assim o fizeram por força da censura, mas mesmo assim se acharam no direito de levar algumas palavras de esperança ao povo brasileiro. Dilma Rousseff se acovardou diante do panelaço que se lhe avizinhava. Nada tinha a dizer em nome da esperança, de explicar ao distinto povo brasileiro que o País ainda pode encontrar um espaço moral para punir os bandidos da Pátria e, assim, recuperar uma credibilidade política, não apenas internamente mas, sobretudo, diante de investidores estrangeiros que fugiram do nosso mercado como o diabo da cruz.Dilma Rousseff, a nossa presidente, sempre é bom lembrar que o País a tem como a presidente da república, achou melhor se calar diante dos sons das panelas brasileiras. Ela não mais governa sequer a cozinha do Planalto. Terceirizou o embate político com o seu vice-presidente, Michel Temer, e, com o ministro Joaquim Levi, o programa de ajuste econômico da Nação. Ela não manda nada. Não manda na sua própria língua e tampouco na língua boquirrota do seu padrinho, Lulla da Silva. Estamos à deriva política, sem um braço forte para comandar o timão político e administrativo do país.É feriado e saio para encontrar amigos que ainda acreditam que somos capazes de honrar nossos afazeres, pagar nossos impostos em dia, de respeitar o espaço dos velhos preferenciais, de cantar velhos sambas de Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa, tudo em nome da nossa alegria suburbana, da nossa eterna vida de sobreviver diante das canetas de tantos ladrões da Pátria. E alguém trouxe uma carne para a churrasqueira, outro veio com linguiça e salada de rúcula, e um samba se fez em mais uma tarde brasileira. E a presidente Dilma se calou diante do Brasil que, segundo um amigo de esquina, não sabe sequer onde fica a frigideira da sua casa. Sinal dos tempos: ninguém riu da sua tirada.Bom dia.