Assessor é exonerado por quebra de confiança

Ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Antonio Oswaldo Storel foi exonerado nesta sexta-feira (30) da função de assessor parlamentar. Ele estava atuando como chefe de gabinete do vereador Paulo Sérgio Camolesi (PV), que iniciou a proposta do Mandato Coletivo, pelo qual a população pode participar das temáticas a serem trabalhadas na Casa de Leis por Camolesi.A medida da Mesa Diretora foi definida, de acordo com o diretor do Departamento Jurídico da Câmara, Robson Soares, por quebra de confiança. "Foi uma decisão administrativa da mesa diretora. Isso é comum ocorrer, quando a mesa entende que o assessor que foi nomeado, quebra a relação de confiança. Esse é o terceiro ou quarto caso de exoneração neste ano", comentou.Segundo ele, a Câmara abriu um processo administrativo para que Storel pudesse apresentar suas razões, mas o assessor teria preferido o caminho da Justiça, onde o processo continua.Em nota, Storel informou que recebeu ontem (30 de agosto), a Portaria nº 175, do presidente da Câmara, João Manoel dos Santos, determinando a sua exoneração. "O vereador Paulo Camolesi, não foi consultado e não concorda com a mesma. A portaria não cita nenhum motivo, porém o presidente já havia tomado outras quatro iniciativas, sendo duas administrativas e duas judiciais com esse objetivo, sendo que três delas já foram contestadas e arquivadas".Segundo Storel, o motivo de tais iniciativas foi o artigo que ele escreveu, intitulado As verdadeiras atribuições do Vereador e que foi publicado na Gazeta de Piracicaba, em 15 de maio deste ano. "Até que ponto essa atitude não fere a liberdade de expressão e a democracia?".Assessores de Camolesi informaram, ontem, que o vereador iria se reunir com advogados, para verificar se algo pode ser feito para que Storel possa voltar a assessorá-lo na Câmara. BoletimO vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) registrou boletim de ocorrência de ameaça contra três integrantes do movimento Reaja Piracicaba, na quinta-feira (29), após a reunião da Câmara.Segundo ele, Ricardo Schmidt, Francisco Eduardo de Toledo Stella e Fabiano Vaz de Oliveira, o teriam ameaçado ainda durante a sessão. "Eles apontaram o dedo para mim e muita gente viu isso e também ouviu quando o Fabiano disse que o que era meu já estava pronto e ia mandar embrulhado", afirmou.