Assentados deixam fazenda antes da chegada da PM
Advogada das famílias informou que invasores saíram de lá e foram para área no bairro Tupi
Trator foi utilizado para limpar a área onde ficaram assentadas as cerca de 200 famílias (Cabo Paulo/ Divulgação )
O cenário encontrado na manhã de segunda-feira (21) na Fazenda Lavínia, localizada no quilômetro 178 da rodovia Hermínio Petrin, foi bem diferente do cenário da última sexta-feira (18), quando as cerca de 200 pessoas do assentamento Nelson Mandela afirmaram que não sairiam da área invadida. No lugar das barracas improvisadas por meio de plásticas, sobraram somente muitos sacos de lixo espalhados por diversos pontos, além de sujeira e de resquícios de objetos queimados.A advogada das famílias, Marcela Bragaia, informou que os assentados saíram do local por vontade própria e que agora, ocupam uma área no bairro Tupi. Segundo dois funcionários de usina que faziam a terraplanagem, a Polícia Militar chegou bem cedo, mas os assentados já não estavam mais lá.O espaço ocupado há dois meses possui 18 alqueires. Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) cadastrou 118 famílias (estimativa de 200, sendo 30 crianças e adolescentes).De acordo com o advogado que representa a proprietária da área (preferiu preservar sua identidade), Amilton Modesto de Camargo, desde o momento da ocupação eles vinham tentando na justiça a reintegração de posse e tudo correu normalmente sem incidentes. "Eles sabiam que teriam que sair ontem e optaram em fazer isso no sábado à noite".Apesar da área já estar desocupada, um batalhão de 250 policiais militares se deslocou até a Fazenda ontem pela manhã. O sargento Quesada informou que nenhum assentado foi localizado, mas que as barracas ainda estavam no lugar e foram demolidas pela polícia.A polícia chegou bem cedo, mas o assentamento estava vazio Créditos: Christiano Diehl NetoOs barracos foram desmanchados: plásticos e madeiras Créditos: Christiano Diehl Neto Veja também Justiça reintegra fazenda invadida por integrantes do MST Cerca de 180 pessoas estão acampadas; não aceitaram ordem de despejo para deixar a área Cerca de 200 membros do MST voltam a protestar A manifestação faz parte de uma onda de protestos que começaram na segunda-feira (14)
