As provisórias

As provisórias 1O comando de comissões provisórias nos partidos de Campinas não é exclusividade apenas do PMDB. A maioria das legendas segue essa fórmula por dar mais autonomia para que os comandos estaduais interfiram nos municípios. Os políticos locais não enxergam com bons olhos essa tendência de sucumbir a todos os interesses dos grandes e defendem a luta por espaço e consolidação. Fato é que a falta de comando e desenvolvimento de políticas têm esvaziado as siglas. As provisórias 2O próprio PDT, que chegou a ser o partido com o maior número de vereadores na Câmara de Campinas, sofre com a falta de comando e lideranças. Após a cassação do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o partido praticamente naufragou e não conseguiu se reerguer. Aurélio Cláudio, único vereador da legenda hoje na Câmara, pouco se pronuncia sobre as decisões do partido nas mais diferentes costuras políticas. Não é novidadeUm assíduo frequentador do meio político campineiro fez uma boa observação e lembrou que desde sua fundação, praticamente não houve eleição para definir o diretório do PMDB. Orestes Quércia sempre foi o mandatário do partido no qual manteve sua cúpula por décadas com base nas provisórias, trocando-as sempre que fosse de seu interesse, sem precisar criar embates. Touro bravo 1A proposta do vereador Gilberto Cardoso, o Vermelho (PSDB), de revogar a lei que proíbe rodeios em Campinas deu o que falar. Integrantes do seu partido já se manifestaram contrários e todas as representações de proteção e defesa dos animais fizeram o mesmo. Touro bravo 2O deputado Feliciano Nahimy Filho (PEN) não gostou nada da interferência de Vermelho e promete uma gritaria caso o assunto ganhe força na cidade. A realização do rodeio foi proibida durante a gestão da prefeita Izalene Tiene (PT). Vermelho vai pedir urgência na votação de sua proposta hoje e disse que conta com o apoio da maioria.ProtestoA vida de Vermelho não deve ser tão tranquila assim em relação a seu projeto. Representantes das entidades de proteção aos animais prometem lotar o plenário e protestar até que o tucano desista da proposta. A greveA greve dos servidores prometida para hoje em Campinas deve perder força por causa de uma liminar conquistada pela Prefeitura na Justiça. Isso porque o Sindicato dos Servidores, segundo o Executivo, errou em vários itens do edital. Num deles, o período de 72 horas para que a categoria entrasse em greve, de acordo com a Prefeitura, não foi respeitado. A coordenação sindical determinou que a paralisação tivesse início na segunda. O que para o governo seria na terça, mas a informação de que a greve seria na segunda foi repassada pelo próprio sindicato na última semana. LiminarCom a decisão da Justiça, o governo ganha tempo já que a mesa de negociação com os servidores já havia sido previamente marcada para amanhã. Dessa forma, haverá mais uma tentativa de acordo com o funcionalismo antes que se tenha uma paralisação na cidade.