CARLO CARCANI

As duas faces da Copa América

Carlo Carcani
carlo@rac.com.br
10/06/2015 às 23:51.
Atualizado em 23/04/2022 às 11:07

A edição de 2015 da Copa América começa nesta quinta-feira com duas faces distintas. Uma delas está manchada pelo escândalo da Fifa, no qual a Conmebol está envolvida de corpo e alma. É possível que as investigações revelem no futuro detalhes nada abonadores sobre a negociação de contratos que envolvem a competição. Nesse aspecto, resta torcer para que o golpe da Justiça seja forte o suficiente não apenas para abalar, mas também para quebrar o sistema instalado nas principais federações de futebol do planeta. Se for só para trocar alguns corruptos por outros, esse trabalho será quase todo perdido. Mas, felizmente, a Copa América do Chile também tem do que se orgulhar. A competição reunirá grandes estrelas. Ídolos do futebol mundial vão se enfrentar nas próximas semanas e isso valoriza demais o torneio. A Argentina não conquista um título desde 1993 e fará qualquer coisa para sair da fila. Com um ataque poderoso e o status de vice-campeã mundial, é a maior favorita ao título. Messi vive um momento extraordinário e disse nesta quarta-feira que está em forma melhor do que a que apresentou na Copa de 2014. Além dele, a equipe conta com Aguero e Tevez. Um ataque que está entre os melhores do mundo. O Chile não chega a ser um favorito ao título, mas vem evoluindo. A geração de Vidal e Sánchez é uma das melhores da história do país e, em casa, La Roja tem condições de surpreender. O Uruguai vai ao Chile com um enorme desfalque. Suárez fez uma temporada excepcional pelo Barcelona, mas ainda tem jogos a cumprir por sua célebre mordida em Chiellini durante a Copa do Mundo. É uma ausência que será sentida não apenas pelos atuais campeões da Copa América, mas pelo próprio torneio. A Colômbia de Cuadrado, campeão inglês pelo Chelsea, e James Rodríguez é outra equipe com potencial para fazer uma grande campanha. Por fim, temos a Seleção Brasileira. Depois da humilhante eliminação diante da Alemanha na Copa do Mundo que disputou em casa, o Brasil precisa ganhar tudo o que aparecer pela frente para resgatar seu prestígio. Nos amistosos, Dunga conseguiu isso. Ganhou todos os dez que disputou e vai ao Chile com um time que tem tudo para ser competitivo. Não é normal ver a Seleção a com apenas um jogador extraordinário, mas Dunga tem se mostrado capaz de fazer com que todos os demais bons jogadores do time rendam bem ao lado de Neymar. É graças a seu único craque que o Brasil pode figurar na lista dos favoritos.

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