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Articulações

Milene Moreto
10/05/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 14:13
Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

O presidente nacional do PSD, Guilherme Campos, tem articulado com as principais lideranças do País as alianças para a eleição do ano que vem. Em Campinas, ele já teve conversas com vários políticos, inclusive os do núcleo do prefeito Jonas Donizette (PSB). No entanto, o apoio não foi definido. Na eleição de 2012, o partido que tem como cacique o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, optou pela composição com o PT e ficou com a vaga de vice na chapa do economista Marcio Pochmann. AnálisesDesta vez, Campos disse que não existe nenhuma decisão que obrigue o partido a seguir ao lado dos petistas em 2016. Eles avaliam ainda qual é a melhor possibilidade. Segundo o presidente do PSD, o partido vive um outro momento, está consolidado e ainda tem a questão do PL, a nova legenda de Kassab. Tudo será colocado na conta na hora de bater o martelo sobre uma futura aliança. Até mesmo uma possível candidatura própria.FraseÉ improvável, mas eu não descarto a possibilidade de sair candidato em Campinas. (Do presidente nacional do PSD, Guilherme Campos, ao falar sobre os caminhos do partido na eleição municipal de 2016, em Campinas). O papelNo papel de presidente do PSD desde que Kassab foi para o Ministério das Cidades, Campos afirmou que todos os dias trabalha para apagar incêndios e unir o partido. A tarefa sempre é das mais difíceis. Mas para ele a nova atividade tem gerado bons frutos e ampliado seus horizontes e articulações. ConfianteCampos está confiante no PL. Disse que o partido ganhará força no Brasil e será uma via entre PSDB e PT. No que diz respeito a outras fusões anunciadas recentemente com o mesmo objetivo, ele não parece muito otimista. Aposta na consolidação do PSB com o PPS, mas não tem confiança nas articulações entre PTB e DEM. PedidoO deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) deve se reunir amanhã com o advogado Miguel Reale Junior, que está elaborando o parecer jurídico encomendado pelo PSDB sobre o pedido de impeachment de Dilma. Para Sampaio, já há elementos suficientes para embasar o pedido, como as pedaladas fiscais do governo e o caso Pasadena. Também deve participar do encontro o advogado Flávio Costa Pereira, ex-secretário da gestão Jonas que agora atua para o PSDB. Guerra declaradaO reajuste de 22% na tarifa de ônibus de Santa Bárbara d’Oeste, que desde a última sexta-feira passou de R$ 2,70 para R$ 3,30, recebeu críticas dos vereadores barbarenses. O pedetista Giovanni Bonfim protocolou requerimento solicitando explicações à Prefeitura sobre o processo administrativo que resultou no aumento do preço da passagem. RespeitoBonfim alega que a Prefeitura não respeitou o artigo 42 da Lei 50/2009, que prevê revisão anual da tarifa. Este é o segundo aumento da passagem em oito meses. Em setembro, o valor foi de R$ 2,40 para R$ 2,70. Com o reajuste, o preço é mais alto que as cidades vizinhas de Americana (R$ 3,15), Sumaré (R$ 2,90) e Nova Odessa, (R$ 2,30) e passa a ser uma das caras da região. FidelidadeNão é de hoje que Legislativo e Executivo vivem da troca de favores e não conseguem ser independentes como se intitulam. E toda essa troca está relacionada ao apoio que o partido oferece ao governo, e o que pede em troca. A moeda preferencial é o cargo. Um exemplo nítido está na votação do pacote fiscal. Deu trabalho para os interlocutores da presidente Dilma garantirem que o processo passaria. Mas muita coisa foi negociada. Quem não dançou conforme a música agora não ficará no começo da fila de distribuição das benesses.COLABOROU BRUNO BACCHETTI/ AAN

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