TRÂNSITO

Artesp congela nova rodovia para a região de Campinas

Impasse entre agência e concessionária trava construção de nova estrada

Maria Teresa Costa
11/02/2013 às 06:02.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:02
Entroncamento das rodovias Anhanguera e D. Pedro I, em Campinas (Edu Fortes/AAN)

Entroncamento das rodovias Anhanguera e D. Pedro I, em Campinas (Edu Fortes/AAN)

A proposta de construção de uma nova estrada na Região Metropolitana de Campinas (RMC), apresentada pela concessionária Rota das Bandeiras, foi rejeitada pela Agência Reguladora de Transportes (Artesp).

A concessionária propôs investir R$ 790 milhões na implantação de uma alternativa de tráfego, o chamado Contorno Norte, para eliminar os constantes congestionamentos da Rodovia D. Pedro I. A nova estrada teria início no Anel Viário Magalhães Teixeira (SP-83) e término no Km 115 da Anhanguera (SP-330) e seria feita em três etapas, com início em 2013 e finalização em 2017.

A presidente da Artesp, Karla Bertocco Trindade, disse que a estrada é necessária e que iria aliviar bastante o tráfego dentro do trecho urbano de Campinas e nos acessos. “Mas a concessionária queria trocar a implantação da nova estrada por obras que estão na concessão e nós não podemos abrir mão das marginais que estão em implantação”, disse. Para ela, será necessário estudar uma alternativa para desafogar os acessos a Campinas.

A concessionária informou, em nota, que, embora o Contorno Norte seja importante para o sistema rodoviário da região, há necessidade de realização das obras previstas no contrato de concessão, em especial a de construção das marginais da Rodovia D. Pedro I, em Campinas, iniciadas no segundo semestre de 2012 e que deverão atender à demanda de tráfego local a curto prazo. Em função disso, a concessionária entende que todos os seus esforços estarão voltados a essas obras no momento e que, no futuro, o assunto poderá voltar a ser discutido com o poder concedente.

Investimentos

Para a construção da estrada, a Rota das Bandeiras precisaria reprogramar os investimentos previstos nos 30 anos de concessão de forma a ter recursos antecipados. Além disso, a viabilidade do empreendimento estava também na arrecadação de pedágio — que seria feita pelo sistema Ponto a Ponto.

A estimativa da concessionária é que o Contorno Norte iria tirar 50 mil veículos por dia do trecho urbano da Rodovia D. Pedro I dentro de Campinas. A proposta sofreu algumas alterações e a última versão previa que o contorno chegaria no Km 115 da Anhanguera, em Sumaré, pouco depois do pedágio, para evitar problemas com a concessionária da Anhanguera, a AutoBAn. Mantido o projeto original, a nova estrada iria impactar significativamente o pedágio existente em Sumaré, comprometendo o equilíbrio financeiro da concessionária.

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