CENÁRIO INCERTO

Arrecadação de impostos federais mostra indefinição econômica

No primeiro trimestre de 2013, Ribeirão Preto registrou pequeno crescimento, mas números de março registram queda de 17,2%

Guto Silveira
antonio.silveira@gazetaderibeirao.com.br
21/05/2013 às 17:03.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:11

A arrecadação de impostos federais em Ribeirão Preto aponta certo “descolamento” da região e do País, principalmente quando se considera o primeiro trimestre de 2013, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a cidade registra crescimento de 4% na arrecadação, enquanto a região aponta queda de 7,2% e o País mostra redução de 2%.

Quando a comparação é feita com base apenas nos números de março, a queda é generalizada. Ribeirão Preto arrecadou menos 17,2% em impostos federais naquele mês, enquanto a região registrou queda de 22% e o País teve redução de 11,6%. Os números coletados mostram que a situação econômica é de indefinição, pelo menos no primeiro semestre.

Os números dão do Boletim Termômetro Tributário, elaborado pelo Centro de Pesquisa em Economia Regional da Fundace (Ceper-Fundace), com dados da Receita Federal. Os números mostram o comportamento IPI, PIS/Pasep, IRPF, CSLL, IRPJ e COFINS. Um dos piores índices, tanto mensal quanto trimestral foi do IRPJ, o que demonstra a queda de rendimentos. O IPI, que mostra o desempenho da indústria, também registrou queda ou crescimento ínfimo.

Para o coordenador da pesquisa, Sérgio Sakurai, também pesquisador da Fundace e professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP, as informações registram que ritmo da produção industrial ainda não mostra nenhum sinal claro de recuperação nas esferas nacional, regional ou municipal.

“Há uma situação de indefinição até com informações conflituosas e a incerteza deve perdurar por mais alguns meses, com possível recuperação apenas no segundo semestre”, afirma o professor Sérgio Sakurai. Ele explica que historicamente o primeiro semestre é mesmo mais lento que o segundo, por isso a expectativa de melhora.

“A melhora, no entanto, não deve compensar esse período ruim, porque não há fatores que apontem para isso. O cenário da economia como um todo não é animador”, diz. O professor diz estar curioso para conhecer os dados de abril, mas estes podem até “anular” o pequeno crescimento de março.

A arrecadação de tributos é um forte indicador da situação econômica, já que a redução representa menor atividade do setor privado, além de reduzir os recursos públicos disponíveis.

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