Aranha volta à Ponte Preta e está pronto para jogar

Apresentado nesta terça-feira (9) como novo reforço, o goleiro Aranha deve ser a principal novidade da Ponte Preta na partida com o Figueirense, sábado (13), às 18h30, no Moisés Lucarelli, na abertura do returno do Campeonato Brasileiro. Ele teve sua rescisão publicada nesta terça no site da CBF e, nesta quarta-feira (10), deve ser publicado o registro do novo contrato. “Se estou pronto para jogar sábado? Estou pronto hoje”, afirmou o jogador. Aos 35 anos, Aranha retorna ao seu clube de origem. “Estou muito feliz porque esta é minha primeira apresentação como jogador da Ponte. Na outra vez, tive que lutar muito para ganhar espaço”, contou, sem esconder a emoção da volta depois de sete anos. “Me lembro que quando era criança e ficava brincando com meu primo numa calçada da Vila Costa e Silva, ele me dizia: 'Eu vou ser rapper e você vai ser goleiro da Ponte'. Que bom que eu consegui realizar o sonho e mais do que isso. Consegui voltar”, comemora. Para ter a liberação de Aranha, que havia assinado contrato há menos de um mês com o Joinville, a Macaca precisou pagar R$ 200 mil (50% da multa contratual) e ainda cederá dois jogadores com salários pagos até dezembro. O primeiro é o atacante Giva, que era esperado na noite desta terça em Joinville. O segundo, que poderia ser o goleiro Cesar, foi recusado. A direção catarinense pediu então o zagueiro Tiago Alves, que solicitou dois dias para avaliar a proposta com a família. Caso Tiago recuse, o JEC já avisou que não se interessa por nenhum outro atleta que compõe a lista apresentada pela Ponte. Assim, poderá receber uma compensação financeira. Em entrevista ao jornal A Notícia, o superintendente de futebol, Júlio Rondinelli, disse que foi contra a liberação de Aranha. “Nós recuperamos o cara e eu queria consumir o futebol dele até o final. A minha vontade era que ele ficasse”, disse. Questionado sobre o assunto, Aranha disse entender a posição do seu ex-clube, mas avisou que não poderia deixar passar a chance de um contrato de dois anos. “É natural que, na situação complicada que o time se encontra, eles não queiram liberar jogadores que possam ajudar. Entendo o lado deles, mas não poderia recusar a chance de voltar para a Ponte”, disse. O caminho de Aranha no Joinville foi curto. Depois de ficar pouco mais de dois meses em trabalho de recondicionamento físico, fez cinco jogos e tomou seis gols na Série B.