POLUIÇÃO

Araçatuba tem terceiro pior ar do Estado de São Paulo

O índice de poluentes de Araçatuba é três vezes maior que o padrão considerado ideal pela OMS

Willians Menani
25/09/2013 às 21:35.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:35
A cidade tem 28,72 MP2,5 (microgramas de material particulado) por metro cúbico. (Assessoria de Imprensa/Prefeitura Araçatuba)

A cidade tem 28,72 MP2,5 (microgramas de material particulado) por metro cúbico. (Assessoria de Imprensa/Prefeitura Araçatuba)

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que Araçatuba ocupa a terceira posição no ranking dos municípios paulistas com pior ar. A cidade perde apenas para Cubatão e Osasco, respectiviamente. O índice de poluentes de Araçatuba é três vezes maior que o padrão considerado ideal pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é 10. A cidade tem 28,72 MP2,5 (microgramas de material particulado) por metro cúbico. O estudo avaliou dados até o ano de 2011 de 29 municípios do estado que têm estações de monitoramento da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O material pesquisado foi particulado: poeira, fumaça e materiais sólidos ou líquidos suspensos no ar. Segundo o estudo, em 2011 o ar contaminado contribuiu para a morte de 110 pessoas em Araçatuba, quase o dobro das 62 mortes provocadas por homicídios e acidentes de trânsito naquele ano. As internação oriundas de doenças provocadas pela poluição do ar, custaram aos cofres público do município R$ 874 mil. A Cetesb informou que desconhece a metodologia dessa pesquisa e que, portanto, não vai se pronunciar à respeito. Saúde da população As irmãs e jornalistas Renata e Simone Dias, de 30 e 27 anos, respectivamente, sabem bem o que o ar poluído pode causar à saúde. Ambas sofrem de rinite alérgica e, constantemente, precisam recorrer aos antialérgicos para amenizarem a indisposição respiratória. “Como é uma região bastante quente, a dificuldade para respirar é grande. No período da noite, por exemplo, a sensação é pior e meu nariz entope”, afirma Renata. Simone destaca que há duas semanas teve uma crise. “Eu não consegui realizar algumas atividades e, durante a noite, acordava com falta de ar”, ressalta.

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