Grupo de empresas quer valorizar o trabalho desses profissionais na região
A falta de costureiras nas fábricas da região de Araçatuba há muito se transformou em preocupação entre os industriários do setor, já que influencia diretamente na produção e inibe a expansão dos negócios na área.
Para reverter o atual quadro o Sinvest (Sindicato da Indústria do Vestuário e Acessórios da Região Noroeste), que abrange as indústrias de Araçatuba, Bilac, Penápolis, Gabriel Monteiro e Guararapes, criou o projeto "Confecção Competitiva", que busca valorizar a profissão de costureira (o), por meio do resgate do glamour dessa atividade. “A intenção é glamorizar essa profissão com valorização salarial e inclusive de status. A ideia é atrair filhas e netas das atuais costureiras para o setor”, destaca Rogério Simões Ueno, presidente do Sinvest.
Um grupo de 34 empresas em parceria com o Senai (Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial), Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Sinbi (Sindicato das Indústrias de Calçado e Vestuário de Birigui) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) conduz o projeto. Para isso, especialistas em Recursos Humanos estão sendo recrutados pelas empresas para organizar o caminho dessa valorização.
O piso salarial de uma costureira na região é de R$ 730 mais cesta básica. A carga de trabalho é de 44 horas semanais. Porém, devido à falta de mão de obra especializada, a maioria ganha salários que varia de R$ 800 a R$ 1 mil.