XEQUE-MATE

Aposta errada?

Milene Moreto
18/07/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:00
Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

O secretário de Relações Governamentais de São Paulo, Alexandre Padilha, afirmou ontem que os adversários políticos do PT não devem apostar que o partido chegará desgastado na eleição de 2016 e perderá espaço nos municípios paulistas devido à crise no governo federal. Para Padilha, a conjuntura política está em franca transformação e muita coisa ainda vai acontecer até o ano que vem. Para ele, o momento é de fortalecer o PT e fazer do governo de Fernando Haddad uma vitrine no Estado.PochmannPadilha estará hoje em Campinas e terá uma agenda com os integrantes do diretório. Ele também participa de uma mobilização do PT em Monte Mor e Valinhos para o fortalecimento da legenda. Em Campinas, o ex-candidato ao governo do Estado também debaterá a eleição. Ele apoia o nome do economista Marcio Pochmann para a disputa do ano que vem e disse que já é hora de montar um programa consistente de governo para a cidade. FraseQuem fizer cálculos agora e achar que em 2016 o PT estará fragilizado dará com os burros no Cantareira seco. O PT tem história em Campinas. (Do secretário de Relações Governamentais de São Paulo, Alexandre Padilha, ao falar sobre o enfraquecimento do PT na eleição de 2016).CandidaturaApós a saída do grupo ligado ao Tiãozinho, o nome de Pochmann passou a ser quase unanimidade no diretório em Campinas para a disputa ao cargo de prefeito. No entanto, o comentário é que falta a decisão mais importante, a do próprio economista. Os petistas acreditam no potencial dele para superar a rejeição ao PT e para conseguir novamente o feito de levar a disputa ao segundo turno. “Cunhices”[/TITULINHO]O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não gostou que um dos delatores da investigação Lava Jato, Júlio Camargo, o acusou de ter cobrado US$ 5 milhões em propina. Ele falou que foi armação e que o delator mentiu. Para revidar, o peemedebista anunciou ontem que rompeu com o governo. Bom, se a gente for olhar atentamente para os últimos atos de Cunha como presidente da Casa, a única coisa que ele não desempenhou foi o papel de aliado. É deleO PMDB não entrou na briga e disse que a decisão de Cunha foi pessoal. Já tem quem defenda o afastamento do peemedebista. Para quem estava por cima da carne seca e ditando moda no Congresso, o momento agora é de tensão. Em sua página no Facebook, Cunha postou “A partir de hoje as coisas vão mudar”. O presidente da Câmara disse ainda que não medirá esforços em convencer o seu partido que o melhor é abandonar o governo. ReforçoCom a saída oficial de Cunha do grupo dos aliados, a oposição ainda analisa se o reforço do peemedebista será bom ou ruim. Isso porque ele preside a Casa e tem conseguido se impor diante dos deputados, mas se aliar a uma figura que agora passa a constar na lista dos que recebiam o tal “pixuleco” pode não ser um bom negócio. Um apoioCerto ou não, o Solidariedade enviou uma nota na qual apoia Cunha e afirma que nestes cinco meses “ele comandou a Casa de maneira absolutamente democrática e transparente. E não será uma denúncia sem prova que irá abalar a nossa confiança em seu trabalho”, informou o deputado Paulinho da Força.IzaleneDepois de terem permitido o direito a defesa dos prefeitos que tiveram suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), a Câmara deve iniciar a votação dos pareceres no segundo semestre e a primeira na fila é a da ex-prefeita Izalene Tiene (PT). Ela tem dois processos de 2002 e 2004. A próxima é o ex-prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT) e a última conta a ser avaliada é a do ano da crise do Caso Sanasa e que envolve Hélio, Demétrio Vilagra (PT) e Pedro Serafim.

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