Projeto ganhou força depois que aluno foi assassinado no estacionamento da unidade, em 2011
Alunos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) em páteo de prédio, no câmpus Butantã (Divulgação/Cecília Bastos/USP)
A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) pode voltar a propor a colocação de catracas na entrada dos prédios, no câmpus Butantã, em São Paulo, após a tentativa de estupro de uma aluna de Engenharia de Produção na manhã de terça-feira (8). "A restrição de acesso, com a implantação de catracas, poderá ser proposta novamente, já que há cerca de seis anos os próprios alunos vetaram a ideia", afirma a nota divulgada nesta quarta-feira, 09, pela Poli. Ainda segundo a nota, a aluna agredida poderá requerer um segurança "particular". "Caso a aluna se sinta ameaçada, ele (o diretor da Escola Politécnica da USP, prof. José Roberto Cardoso) também colocará à disposição um segurança". O banheiro feminino, localizado perto das escadas e nos fundos do departamento, será transferido para um local "onde haja maior trânsito de pessoas". Assim que o boletim de ocorrência, registrado no 93° DP (Jaguaré), for encaminhado para a diretoria da Poli, o diretor afirma que será aberta uma sindicância interna para apurar eventuais omissões, "já que a segurança dos alunos é dever da escola". A aluna foi encaminhada para o Hospital Universitário com ferimentos leves e o diretor da escola esteve no local para lhe dar apoio. A segurança no câmpus é privada, mas no interior dos prédios a vigilância é de responsabilidade de cada unidade. "A Escola Politécnica possui 141.500 m² de área edificada. Guardas e câmeras de segurança são utilizados para manter a segurança interna", diz a Poli. O caso está sendo investigado pelo 93º DP. Até as 11h, o suspeito não havia sido identificado. PlebiscitoEm junho do ano passado, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP aprovou em plebiscito a instalação de catracas nas entradas do prédio. O projeto de instalação das roletas ganhou força depois que um estudante de 24 anos foi assassinado no estacionamento da unidade, em maio de 2011. Veja também Funcionários fazem ato contra invasão de prédio da Unicamp Trabalhadores não concordam com depredação da reitoria, ocupada por estudantes há 6 dias Aluna sofre tentativa de estupro em banheiro da USP Logo após a fuga do bandido, os primeiros a ajudarem a moça foram dois funcionários da faculdade Alunos da USP prometem manifestação na Paulista Os estudantes da Unicamp, que invadiram reitoria da universidade na quinta-feira, farão assembleia hoje