Após protestos, PUC avalia recontratação de docentes

Depois de pressão dos alunos de medicina, a PUC-Campinas deve avaliar se revogará a demissão de três professores do curso de Medicina, que ocorreu essa semana. Cinco representantes dos alunos se reuniram pela manhã com a reitoria, para ouvir o áudio da gravação da reunião que definiu a demissão dos professores. O objetivo é saber os motivos das demissões, que não foi divulgado pela instituição. Segundo os alunos, a PUC a princípio disse que não recontrataria os docentes, mas agora avalia a possibilidade. Na manhã desta sexta-feira (26), cerca de 200 alunos do curso fizeram um protesto na frente do hospital Celso Pierro contra a demissão de três professores do curso. Segundo os alunos, a demissão aconteceu sem motivo. A maior parte dos alunos é interno, do 5º e 6º ano, e acompanham os residentes e médicos do hospital nos serviços, entre eles ambulatório. Os estudantes garantiram que manterão o apoio nos serviços de urgência e emergência. Ao todo, cerca de 200 internos exercem atividades no hospital.Os professores demitidos foram citados na CPI dos Trotes, que ouviu professores de Universidades de São Paulo após denúncias de abusos em trotes. À CPI, os professores disseram desconhecer as práticas do trote, como agressões, venda de kits e cobrança de dinheiro para ser usado para compra de bebida em festas - que faziam parte das denúncias de estudantes do 1º e 2º anos da PUC-Campinas. "O ritmo de atendimento é menor. Queremos que seja revista a demissão. Porque eram professores queridos e foram humilhados, chamados de 'torturadores'. Se eles fossem isso, estaríamos todos nós aqui?", disse. Os alunos informaram que se reúnem ainda hoje, em assembléia, para decidir se continuam com a paralisação até terça-feira, quando ocorre nova reunião. A PUC-Campinas divulgou nota na qual descarta nova reunião com alunos, marcada para a próxima terça-feira. No documento, a universidade avalia que 'tal decisão tomada naquela circunstância foi a única possível para preservar a integridade física de alunos, docentes e gestores'.