Após denúncia, canil municipal volta atrás e abriga cão

O cachorro que foi encontrado abandonado na segunda-feira (14) em Piracicaba, acorrentado, sem alimentação e sem água, foi transferido na terça (15) para o Canil Municipal, que havia se negado a resgatá-lo.  O resgate foi feito pelo Corpo de Bombeiros, e o cachorro só foi transferido ontem para o canil porque o casal que encontrou o bicho denunciou a omissão de socorro.Na terça, o animal foi abrigado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e teve amostra de sangue retirada para análise. Recebeu tratamento preventivo para verminose, pulgas e carrapatos, e ficará em observação por quarenta dias devido a possíveis doenças, informou a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde. Por falta de vagas no Canil, o cão divide provisoriamente a baia com outro animal. Segundo o protocolo do CCZ, o centro não recolhe animais sadios porque sua responsabilidade é o abrigar os que têm suspeita de estarem com doenças (como com raiva, por exemplo) e que possam transmiti-las para humanos.Ontem, o Grupo RAC relatou o resgate do animal.De acordo com Antonio Maria e a esposa dele, Sonia, eles tinham saído para caminhar na segunda-feira na avenida Mário Dedini, na Vila Ruzene, e foram surpreendidos pela cena de abandono.  Ligaram imediatamente para o Canil, que informou que nada poderia ser feito; ou o casal levava o cão para casa e se responsabilizava pelo animal, ou então o deixava ali. Diante desse retorno, Antonio e Sonia procuraram o Corpo de Bombeiros, que deslocou uma viatura até o local e fez o resgate. Segundo o sargento Marcos, a corporação também procurou o canil, sem sucesso. Procurada na segunda pela reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que o canil não poderia recolher o cão porque não recolhe animais saudáveis. Foi informado ainda que o pedido de recolhimento deveria ser feito pelo telefone 156 porque não se tratava de um caso de urgência. Veja também Canil Municipal não recorre cão e causa revolta em moradores Animal foi amarrado e abandonado sem água nem comida; para prefeitura, caso não urgente