FRANCA

Apae protesta contra corte de verba do Fundeb

Pais e alunos foram à Câmara Municipal cobrar posição contrária a projeto do Senado

Renê Moreira
27/08/2013 às 18:07.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:08
Para Erismar Tanja, acabar com as unidades da Apae seria um erro (Renê Moreira )

Para Erismar Tanja, acabar com as unidades da Apae seria um erro (Renê Moreira )

Unidades da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de diversas cidades do Estado estão realizando, como ocorreu este mês em Brasília, manifestações contra o projeto que pretende acabar com os repasses que recebem do Fundeb (Fundo da Educação Básica). Os protestos mais recentes ocorreram em Patrocínio Paulista e Batatais, além de Franca, nesta terça-feira (27).Na cidade alunos, pais e educadores da Apae foram à Câmara Municipal cobrar uma posição dos vereadores. Eles alegam que a inclusão pretendida pelo governo federal, que propõe colocar as crianças especiais juntas com os demais estudantes de escolas regulares, não tem como acontecer a curto ou mesmo médio prazo.Pai de uma menina com necessidades especiais, o contabilista Erismar Tanja foi um dos presentes ao protesto na cidade. Ele teve de recorrer para ter sua filha matriculada na Apae de Franca após ela ser obrigada a ir para uma escola comum por uma junta interdisciplinar que analisou seu caso.O problema é que nenhuma escola da rede municipal tinha condições de oferecer à criança o atendimento que ela necessitava. Com um documento por escrito do município informando a esse respeito, ele conseguiu com que voltasse a ser atendida pela Apae.Para Tanja, acabar com as unidades da Apae seria um erro. Mesmo porque, ele diz, da forma como as escolas funcionam hoje os excluídos na sala de aula seriam os outros alunos, já que essas crianças necessitam de um cuidado maior. Ele afirma ainda temer que os especiais sejam vítimas de bullyng, até porque serão minoria no corpo discente.Outro argumento dos pais é que alguns alunos usam cadeiras de rodas e precisam de monitor, de banheiros especiais e outras necessidades para as quais as escolas regulares não estão preparadas. "Podem até fazer alguma mudança mais profunda, mas primeiro é preciso estudar a situação e ver se a rede de ensino comporta", falou Tanja. ApoioEm Franca a Apae ganhou o apoio da Câmara e uma audiência deverá ser realizada de onde sairá um documento em favor da instituição. Para o vereador Adérmis Marini (PSDB), a proposta não faz sentido e o Senado não deve referendar a ideia. Ele é autor de uma moção contra a iniciativa que já está sendo encaminhada a Brasília.

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