CASO PESSEGHINI

Antes de crime, menino teria ameaçado parente

Segundo testemunas, Marcelo havia avisado da intenção de matar os pais

Agência Estado
16/08/2013 às 08:51.
Atualizado em 25/04/2022 às 05:09
Policiais militares da Rota de SP Luis Marcelo Pesseghini e sua mulher Andreia Regina Bovo Pesseghini abraçam o filho Marcelo, de 13 anos: polícia acredita que ele matou os pais, a avó, a tia e depois se matou (Reprodução/Facebook)

Policiais militares da Rota de SP Luis Marcelo Pesseghini e sua mulher Andreia Regina Bovo Pesseghini abraçam o filho Marcelo, de 13 anos: polícia acredita que ele matou os pais, a avó, a tia e depois se matou (Reprodução/Facebook)

O estudante Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidar, teria mudado de comportamento antes dos crimes, de acordo com os depoimentos ouvidos no inquérito. Duas semanas antes das mortes, no dia 5, na residência da família na Brasilândia, zona norte de São Paulo Marcelo teria começado a apontar a arma do pai para parentes e tentado ir à escola vestindo uma touca. Veja também Polícia quer perfil de casal de PMs mortos em chacina Agora, a polícia quer ampliar as linhas de investigação e focar na personalidade do casal Polícia ouve diretora do colégio de Marcelo Pesseghini Mais dois prestarão depoimento sobre as mortes do casal de policiais militares e de sua família Tio de menino suspeito de matar a família depõe Costa não acredita na versão de que o garoto, de 13 anos, assassinou os pais, a avó e uma tia-avó Pai ensinou adolescente a atirar, mãe ensinou a dirigir Menino de 13 anos é suspeito de ter matado os pais PMs, avó e tia e depois ter se suicidado Incompreensível, diz escola sobre acusação Marcelo Eduardo Pesseghini é o principal suspeiro de ter assassinado os pais, a avó e uma tia-avó Encontradas luvas em carro usado por menino suspeito de matar pais Segundo a polícia, carro teria sido usado por ele depois de ter matado os parentes, para ir a escola Polícia investiga se filho de PMs matou a família Casal de PMs, o filho de 12 anos e mais dois parentes foram encontrados mortos a tiros nesta segunda Ele teria acesso à arma do pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, que era casado com a cabo Andréia Regina Pesseghini, de 36 anos. Cinco crianças que estudavam com o garoto no Colégio Stella Rodrigues já foram à polícia. Segundo pessoas que acompanharam as investigações, Marcelo havia avisado da intenção de matar os pais. Logo nos primeiros depoimentos, o garoto foi retratado como um filho exemplar e bom aluno. Mas, de acordo com policiais, os professores e pais de alunos não tinham conhecimento dos comentários que fazia no colégio. Segundo a investigação, os próprios pais de Marcelo poderiam não ter prestado atenção à mudança de comportamento do filho. Nesta quinta-feira, não foram prestados novos depoimentos. Para esta sexta-feira, 16, a previsão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é ouvir pelos menos mais duas pessoas: outro estudante da escola de Marcelo e o perueiro que levava o garoto esporadicamente para casa. Na data do crime, ele voltou da escola de carona com o pai de um colega. A polícia pretende ouvir na terça-feira, 20, a médica que acompanhava o tratamento de Marcelo para fibrose cística, uma doença degenerativa que o garoto havia conseguido controlar. Ela teria atendido o garoto desde quando ele tinha 1 ano. Vandalismo A casa onde a família de PMs morreu foi alvo de ataque de vândalos ao longo da semana, com tentativas de arrombamento. Mas a Secretaria de Segurança Pública informou que não teve nenhum registro de ocorrência por parte das pessoas responsáveis pelo imóvel. Uma das pichações diz “Marcelinho inocente!!!”, contrariando a principal tese da polícia - de que seja o autor das mortes. 

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