Segundo dados da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA), hoje o Brasil conta com uma população de cerca de 35 milhões de cães e aproximadamente 18 milhões de gatos, ficando em segundo lugar no ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Mas nem todos tem um lar e pessoas que zelam pelo bem-estar desse animais.
De acordo com um levantamento, o número de animais abandonados no Brasil chega a 20 milhões.
Esses números impactam de forma significativa e negativa na saúde pública e organizacional de uma cidade e também em organizações não governamentais que recolhem esses animais.
“Os animais abandonados ficam nas ruas e começam a invadir estabelecimentos em busca de comida. Eles ficam doentes, magros e começam a se multiplicar. As ruas ficam cheias, e a cidade fica numa situação lastimável. E é aí que as pessoas ficam ligando pras ONGs e protetores pedindo resgate e ajuda. O que as pessoas não entendem é que as Ong´s e os protetores não dão conta de acabar com a superpopulação sozinhos. Se cada um fizesse a sua parte, não abandonando e ajudando um animal, essa realidade poderia ser bem diferente”, explica Ana Piacente, voluntária na causa animal em Campinas.
Já segundo Maria Conceição Muniz, co-fundadora da Ong Viralatinhas de Sumaré, a demanda de animais abandonados muitas vezes supera a capacidade de resgate do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), situação essa que pode expor a sociedade a graves problemas de saúde pública. “Quanto mais aumenta o número de abandono de animais pela cidade maior o risco de zoonoses.”
Só para termos uma ideia dos impactos do abandono de animais nas ruas, o atropelamento de um deles, por exemplo, além de causar um acidente no trânsito, é um episódio de sofrimento para o bicho que muitas vezes, morre sozinho e sem socorro.
As perguntas são: por que adotar um animal?
Qual a importância da adoção de um animal abandonado?
Ao adotar um animal, a pessoa além de ajudar a diminuir a população de cães e gatos das ruas, reduzindo os fatores negativos que impactam na sociedade, estará evitando também o sofrimento desse animal resgatado.
Para se ter uma ideia, um cão ou um gato que possui um lar vive em média 12 e 15 anos, respectivamente. Essa expectativa de vida cai para apenas 3 anos vivendo nas ruas em situação de sofrimento.
Outra vantagem de adotar um animal é a chance de escolher o bicho ideal, de acordo com a sua rotina.
Filhotes para quem quer acompanhar o crescimento do animal e tem tempo para ensiná-los tudo o que é necessário aprender nessa fase da vida.
Animais adultos para quem não quer um filhotinho cheio de energia dentro de casa.
Animais idosos para quem quer, além de proporcionar um final de vida tranquilo para o bicho, uma companhia pacata para todas as horas.
Em abrigos e feiras de adoções é possível encontrar o animal ideal para cada estilo de vida.
Foto: Carol Dias. Cachorro fotografado em feira de adoção em Campinas