Somente o carro de Érika Rodrigues foi encontrado no córrego Piçarrão: buscas foram suspensas após um mês (Cedoc/RAC)
Um ano e meio após o sumiço da psicóloga Érika Rodrigues, de 38 anos, familiares criticam a demora da Justiça em julgar a declaração de morte presumida e, assim, resolver uma série de pendências que correm em nome da vítima. O carro de Érika foi encontrado dentro do córrego do Piçarrão, no trecho da Vila Industrial, em Campinas, após uma forte tempestade em março do ano passado. Ela estava grávida de três meses, e após muitas buscas seu corpo e pertences nunca foram encontrados. Diante do impasse, a família de Érika cobra mais rapidez da Justiça diante da quantidade de fatos e publicações que asseguram o desaparecimento da psicóloga. “A família não consegue receber o seguro de vida, do carro, ou ter acesso à movimentação da conta bancária sem a ação declaratória de morte presumida”, informaram as advogadas da família de Érika, que temem juros de um empréstimo consignado feito pela vítima. O pedido da ação declaratória foi feito em setembro do ano passado. “Há um constante constrangimento para a família”, afirmou a defesa. A Justiça não se pronunciou. BOMBEIROS PERCORRERAM 30 KM EM CÓRREGO A declaração da morte presumida é o procedimento legal para atestar o falecimento de vítimas de acidentes cujos corpos não foram encontrados após o encerramento das buscas, que levaram mais de um mês. Os bombeiros chegaram a Monte Mor, distante 30 km do local de onde o carro foi achado no córrego. Marido critica a burocracia toda O marido de Érika, William Barros, que está desempregado, disse que o empréstimo consignado de R$ 7 mil foi feito para pagar a fatura de cartões de crédito. “Precisamos dessa ação declaratória para pagar o que está sendo devido e encerrar a conta dela no banco. Mas o processo nesse País é muito lento”, criticou.