A pugilista brasileira foi derrotada pela chinesa Qian Li por decisão unânime dos juízes nas quartas de final da categoria peso médio feminino (até 75 kg)
Andreia Bandeira (de azul) durante a luta contra Qian Li (Yuri Cortez/France Press)
A pugilista brasileira Andreia Bandeira poderia ter garantido medalha se tivesse vencido a chinesa chinesa Qian Li, mas foi derrotada por decisão unânime dos juízes nas quartas de final da categoria peso médio feminino (até 75 kg) dos Jogos do Rio, nesta quarta-feira (17), no Pavilhão 6 do Riocentro. Com a eliminação de Andreia, o boxe brasileiro encerra sua participação olímpica com uma medalha, contra três em Londres-2012, mas o pódio foi histórico, porque foi o primeiro ouro do País na modalidade, com Robson Conceição, na categoria peso leve (até 60 kg). "Saí derrotada, mas estou contente demais porque foi uma jornada muito longa, sofri lesões, altos e baixos, mas chegar nas Olimpíadas aqui no Brasil, para mim, já é uma medalha de ouro", afirmou Andreia depois da luta. A pugilista de 29 anos estava em clara desvantagem em termos de alcance, por ser mais de dez centímetros mais baixa que a adversária (1,69 m contra 1,80 m). Valente, a brasileira foi para cima, conseguiu conectar alguns golpes, mas o primeiro round foi controlado pela chinesa, que levou a melhor na decisão dos juízes. Andreia adotou postura ainda mais agressiva no segundo assalto, mas novamente Qi foi mais efetiva. No terceiro, a chinesa dominou totalmente e atingiu a brasileira em cheio várias vezes. "Lutei melhor que na primeira luta (contra a panamenha Atheyna Bylon), bem consciente, bem tranquila, mas pequei no terceiro round. Ela joga muito direto, e foi aí que ela consgeguiu evoluir", reconheceu a brasileira. Empurrada pela torcida, Andreia foi para o tudo ou nada no quarto e último assalto, mas não foi suficiente para impedir o fim do sonho da medalha olímpica. Quando chegou o momento do anúncio da decisão dos juízes, ela sequer levantou o braço, como todos os boxeadores costumam fazer, sabendo que a derrota era certa. Apesar da desilusão, Andreia foi ovacionada pela torcida e mostrou-se emocionada com todo esse carinho. "Nunca ouvi uma torcida como essa em nenhum lugar do mundo. E olha que já lutei em muitos lugares. Foi um momento único e sei que não vai acontecer novamente no Brasil tão cedo", completou. Na semifinal, Qi enfrentará a holandesa Nouchka Fontijn, que superou a britânica Savannah Marshall na luta que veio em seguida.