O lado autoral da fotografia
Profissionais têm conquistado cada vez mais espaço no mercado privado e corporativo a partir de um olhar mais artístico
Publicado 02/10/2020 17:16:57 - Atualizado 02/10/2020 17:17:22
Kátia Camargo
A Fine Art oferece um olhar mais artístico da fotografia
O filósofo chinês Confúcio, que viveu entre os anos de 552 e 489 a.c já dizia: “Uma imagem vale mais que mil palavras.” Mesmo com séculos de distância da fotografia e do mundo digital esse provérbio pode ser considerado muito atual, pois não dá para negar que, com o advento das câmeras dos celulares e das redes sociais, a fotografia passou a integrar o cotidiano da vida das pessoas. Esse olhar mais apurado e a busca pela foto lacradora tem despertado um crescente interesse por parte daqueles mais antenados à arte e, com isso, a fotografia denominada Fine Art ganha cada dia mais admiradores e destaque nas paredes de casas, comércios e empresas.

“Os celulares com câmeras trouxeram a popularização da fotografia, já que as pessoas passaram a tirar mais fotos e isso tem ajudado muito a valorizar a fotografia Fine Art”, destaca o fotógrafo Joel Silva, que sempre trabalhou na grande imprensa brasileira cobrindo guerras, conflitos e atualmente se dedica à fotografia Fine Art.


Boa parte das fotos de Joel retratam a natureza morta e uma das que tem muita procura é uma obra chamada Pé de Algodão que traz uma árvore seca e no fundo uma nuvem integrada na imagem. “São olhares da vida que são retratados em forma de arte e que tem caído no gosto de muitas pessoas”, diz.

Giancarlo Giannelli conta que sua carreira como fotógrafo começou ao ganhar uma câmera de presente do pai e passar a fotografar shows como Lulu Santos, Guilherme Arantes. “Isso foi aproximando meu olhar da fotografia e fui me apaixonando pelas histórias que as imagens poderiam contar pelo meu olhar”, lembra Giancarlo. Ele relata que aos 19 anos foi morar na Itália e começou a juntar dinheiro para investir numa câmera melhor. “Foi aí que comecei a fotografar o que via nas ruas, nas paisagens e no cotidiano do que eu estava vivenciando intensamente na Europa”, conta.
De volta ao Brasil passou a trabalhar como fotógrafo de empresas, em eventos. E aos 33 anos voltou a olhar para a fotografia como arte. “Comecei a fazer exposições do material que fotografava e vi que as pessoas se interessavam em ter um trabalho meu para decorar suas casas. Passaram a surgir também encomendas de decoradores”, destaca.

