A promoção "Outubro Rosa" é importantíssima para a conscientização do câncer de mama
A promoção “Outubro Rosa” é importantíssima para a conscientização do câncer de mama, o mais comum nas mulheres. É essencial popularizar a prevenção e o tratamento dessa famigerada doença feminina. Mulheres: estejam alertas, cautelosas, administrando os medos. Homens: estimulem as companheiras às prevenções e sejam participativos. Para o médico, habituado com moléstias, seria rotineiro lidar com esses impactos, sucessos e fracassos. Mas, para os leigos, pode representar sustos e dramas insuperáveis. A nossa cultura de orientação judaico-cristã não nos prepara para as doenças graves e, pior, afasta-nos de tudo o que pode significar a morte. Vida, segundo Houaiss, é “...propriedade que caracteriza os organismos cuja existência evolui do nascimento até a morte”. Portanto, não se pensa em vida sem considerar a morte. Essa define a outra. A vida implica início, etapas intermediárias e fim. O pastor evangélico Adriano Viturino comentou que os fiéis querem alcançar a graça dos céus, mas não querem morrer! É curioso e paradoxal. Afinal, para os crentes cristãos, só é possível alcançar a graça eterna através da morte... Imaginem que um doente terminal gravíssimo fosse visitado por Jesus Cristo, que lhe ofereceria duas possibilidades milagrosas: 1) “Livrarei você dessa doença até o fim dos seus dias, quando Deus o julgará e decidirá o destino da sua alma”; ou 2) “Permito que o processo da sua doença o leve à morte agora, garantindo que sua alma seguirá imediatamente para o Céu”. O que leitor escolheria? Curar-se, tocar a vida até a morte imprevisível, ou ir imediatamente para o Paraíso? Eu não teria dúvidas: segunda opção! Precisamos nos familiarizar com involuções e complicações que vivenciaremos à medida que senilidade e falecimento forem nos assumindo. Para lidar melhor com essas dificuldades e sofrimentos, temos que aprimorar a capacidade de amor para conosco mesmos e com os outros. Neste outubro róseo, cogitemos sobre o amor nas doenças graves, como pacientes e/ou cuidadores. O enfermo precisa se valorizar, reforçando o amor próprio. E o cuidador deve se informar das aflições e padecimentos que testarão o seu afeto. Estatística incômoda mostra: 73% dos homens separam-se das mulheres que apresentam câncer. No outro gênero, mulheres que abandonam companheiros adoecidos não passam de 14%... As discussões sobre a influência da natureza e da cultura nos comportamentos de mulheres e homens seguem abertas. Em vídeo com muitos seguidores, a ex-modelo Francis Simas, 38 anos, mãe de três filhos, que trabalha com eventos e moda, defende a natureza “infiel” masculina. Várias reações discordantes mostram como o assunto incomoda e como dele sabemos pouco. O amor humano necessita expandir no espaço, no tempo, em todas as dimensões e matizes. Não bastam tons de cinza em modismo consumista. A arte, a ética e a nobreza de espírito devem desafiar o panorama nublado e nos dignificar com belas possibilidades coloridas.