Como o autoconhecimento e as relações pregressas influenciam a nossa maneira de amar e viver os amores O seu relacionamento amoroso depende do modo como você aprendeu a se relacionar, de como faz contato e vínculo. No início, se você é um tipo de pessoa que dá o tempo necessário para o outra, a nova e atraente pessoa, que entrou em sua vida, poderá conviver e perceber suas qualidades e limites. Entendendo quem é você, quem é outro e como pode ser o casal. É importante olhar o outro sem se perder e olhar para si sem perder o outro. No começo, na descoberta e encantamento, é comum idealizar o encontro, ou outro e você. Neste momento, no cortejo, é comum só mostrar e perceber as qualidades. Esta é a fase anterior ao amor e a entrega. É necessária uma boa dose de convivência e sustentabilidade para se ter certeza que é a hora de o projeto vingar e virar uma construção (a quatro mãos, evidentemente). É o namoro, em que os envolvidos confirmarão (ou não) a admiração da parceira/o e a saúde da relação. Entenda por saúde da relação, o respeito ao tempo dos sentimentos, das emoções e dos ritmos de cada um, da individualidade e da subjetividade. Se esse check up for bem sucedido, pode-se mover a relação para outro estágio, com escolhas futuras como o casamento, lar, ninho, filhos, família, sustentação afetiva , econômica e o funcional desempenho sexual do casal. Mas daí, à medida que os casais vão se sentindo mais seguros e íntimos, também aparece uma série de situações e sentimentos. É o momento de prestar a atenção naquilo que seria a neurose do casal, e em sua dinâmica, que causa sofrimento e pode destruir a relação. Normalmente são consequências de experiências afetivas passadas de medos, inseguranças, frustrações, castrações e repressões individuais, que aconteceram na história de interações da vida de um e de outro. Um passado que dá o ar da graça, como um velho amigo da onça, e volta, criando sofrimento, embora o amor persista. Esse amigo da onça se manifesta em comportamentos muitas vezes de carência, insatisfação e agressividade, geralmente projetadas na parceira/o, ou no campo familiar ( filhos, pais, sogros) ou até no trabalho. Daí a grande importância de se adquirir autoconhecimento e inteligência emocional! Só sabendo como você funciona e seu modo de se relacionar, para você conseguir ter menos dor e mais prazer, leveza e felicidade na vida. Você, a sua parceira/o, o seu meio. Você acha que o casamento foi criado para utilidade da humanidade? Que não deveria ser uma escolha enquanto existir o amor livre e natural. Acredita que o amor é descartável? Você se pergunta por que existem tantos relacionamentos infelizes, cheio de apego e alarme? Tenho certeza que sim. Porque todos nós amamos e queremos amar. E digo que muitas parcerias são abreviadas no mesmo espaço e tempo em que as pessoas envolvidas abandonaram seu amor, seus sonhos, suas pessoas e seus corpos. Talvez seja mesmo muito mais fácil ficar na zona de conforto resignar-se e desistir, se envenenando lentamente com pensamentos ameaçadores, tristes e mórbidos, enfeitados por racionalidades, justificativas e desculpas. Difícil é se olhar, não se anestesiar e evoluir. É muito importante resistir à mesmice e conformismo do nosso medo de virar a mesa e revolucionar. Para ficar juntos ou separados, diga-se. O medo não deve guiar nenhuma escolha. Mesmo sendo inerente a qualquer período de transformação. É preciso resistir ao entreguismo, ao “é assim mesmo, não tem jeito”. Sempre tem. A recompensa por resistir e não se corromper é alcançar a potência de uma vida abundante, de muita reciprocidade e alegrias. Este belo fenômeno acontece no nascimento de uma pessoa ou na origem de um genuíno relacionamento. Lembra-se do início? Por que perder aquilo?