SUPERLIGA FEMININA

Amil e Rio dão início à luta por vaga na decisão

Primeiro jogo da melhor de três que apontará um dos finalistas será, nesta terça-feira, às 21h30, em Campinas

Renata Rondini
07/04/2014 às 22:27.
Atualizado em 27/04/2022 às 01:25

O Vôlei Amil surgiu na temporada passada para brigar com os grandes times do vôlei feminino do Brasil e tem cumprido à risca seu objetivo. Em seu segundo ano, chega novamente à semifinal da Superliga. E, desta vez, mais uma árdua batalha. A equipe de Campinas começa a briga por uma vaga na decisão com o Unilever/Rio de Janeiro, nesta terça-feira (8), às 21h30, na Arena Amil. A partida terá transmissão ao vivo do Sportv (os ingressos para o duelo estão esgotados).Na edição 2012/2013, o Amil caiu justamente na semifinal, diante de Osasco. Desta vez, o caminho não ficou mais fácil. O Rio de Janeiro disputou as últimas nove finais de Superliga, sendo campeão em seis. Porém, o Vôlei Amil evoluiu esse ano e, segundo o técnico José Roberto Guimarães, está mais forte e pronto para romper com a série positiva do rival."Nosso time deste ano é melhor que o do ano passado, conseguimos melhores resultados. Temos sim condições de fazer grandes jogos com o Unilever. Há equilíbrio neste jogo e a expectativa é que o Vôlei Amil jogue o que vem treinando. As meninas estão num momento bom, estamos bastante focados nas jogadas do Unilever", comentou.A expectativa é de uma verdadeira "guerra", nesta terça, na Arena Amil, na qual disciplina, foco e estratégia serão extremamente importantes. E se há alguém que entende bem o que é "estratégia de guerra" é a levantadora Claudinha, ou melhor, a 3º Sargento do Exército Brasileiro. Sim, a atleta do Vôlei Amil integra, desde o ano passado, a equipe de alto rendimento do Exército. Ela passou por um completo treinamento de sobrevivência e resistência e aplica em seus treinos e jogos, no clube e na Seleção Brasileira, muitos conceitos aprendidos por lá."A gente faz tudo o que um soldado faz. O treino de resistência do Exército exige muito foco o tempo todo porque qualquer distração faz você perder a batalha, a simulação do treinamento é como se você estivesse em guerra. E é assim na quadra também, se me distrair, o adversário leva o ponto", comentou a atleta, que defenderá a seleção militar pela primeira vez em setembro, durante o Campeonato Mundial Militar de Vôlei, no Rio de Janeiro.Sobre a partida desta noite, ela garante que o elenco campineiro está pronto para romper com a tradição do Rio de Janeiro de chegar às finais. "Estamos muito bem treinadas para a batalha e focadas para executar nosso jogo com tranquilidade. Tenho que estar ligada na rede, com atenção total nas bloqueadoras e concentrada o tempo todo", afirmou a levantadora, que tem um ritual nas horas de folga que precedem os jogos: fazer as unhas. Sim, a sargento Claudinha está sempre com as mãos impecáveis para realizar levantamentos certeiros.RIVALApesar do histórico de ter sido finalista de Superliga nos últimos nove anos, o técnico Bernardinho não coloca o Unilever/Rio de Janeiro como favorito na semifinal com o Vôlei Amil."Em todos os anos que disputamos a Superliga, nunca partimos como favoritíssimos ao título. Sempre tivemos equipes fortes, mas nunca fomos os favoritos, o grande time a ser batido. Temos, sim, condição de brigar pelo título, como os outros três times semifinalistas têm. Essa temporada mostrou o que falamos no início, que seria de muito equilíbrio", analisou.Nos dois encontros da fase classificatória, o Vôlei Amil venceu no tiebreak e, por isso, o elenco carioca se preparou para jogos longos nesta semifinal. "Todos esperam confrontos muito equilibrados nesta semifinal. As partidas da fase de classificação tiveram cinco sets. Por isso, além da preparação tática e do trabalho técnico desenvolvido nesta última semana, tivemos um foco na parte física. Serão jogos longos, difíceis e chegamos muito bem preparadas para isso", disse a ponteira Gabi.O fato dos ingressos para este primeiro duelo de semifinal terem se esgotado na segunda-feira (7) comprova o interesse que o duelo Zé Roberto x Bernardinho desperta nos fãs do vôlei.Contudo, o treinador do Vôlei Amil se coloca como coadjuvante na hora de que a bola subir esta noite. "Quando subir a bola, são elas que vão que ter que decidir, elas que vão ter que tomar as decisões, elas que vão ter as oportunidades, cabe a gente apenas tentar ajudar um pouco, tá junto o tempo inteiro", afirmou Zé Roberto.

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