A população que habita as margens dos rios Negro e Solimões recebem os turistas de braços abertos, com muitas histórias, lendas e comida típica
Índio da etnia baré, que vive na margem do rio Cueiras (Inaê Miranda)
A simpatia do povo amazonense fica visível durante as visitas às comunidades ribeirinha e indígena. Dorian Costa, que vive com a família às margens do rio, recebe os visitantes com café fresquinho e tapioca feita na hora, na casa de farinha. Ele também apresenta frutos típicos da região amazonense como o cupuaçu e a castanha.
Dorian e sua mulher Neide fabricam e vendem artesanato no local. O café com tapioca é por conta da casa. O passeio fica ainda mais completo quando visitamos a comunidade Boa Esperança, onde vive um grupo de índios da etnia Baré, instalada nas margens do rio Cuieiras. Eles mostram a escola e o posto de saúde e falam dos avanços, como a chegada da internet no local, e da luta para preservar a língua, o Nheengatu.
Percorrendo o rio
O roteiro pelo Rio Negro inclui pescaria de piranhas, visita aos macacos-de-cheiro, uma passagem em frente ao famoso hotel Ariaú Amazon Towers, construído sobre palafitas, e cenário do famoso filme Anaconda. Uma dica para quem não se importa em perder um pouco de sono é ficar acordado até mais tarde, em dias sem chuva, para apreciar as estrelas, que ficam mais visíveis devido a escuridão.
Depois de conhecer toda essa riqueza, o roteiro é encerrado no local do famoso fenômeno amazônico do encontro das águas, a Pororoca, onde o rio Negro e Solimões – este de cor barrenta – encontram-se para formar o rio Amazonas. Ambos correm lado a lado e demoram a se misturar por causa da diferença de temperatura, velocidade e densidade da água.
Capital
Quem tiver algumas horas antes de embarcar, pode passar pelo Centro de Manaus — metrópole de quase 1,8 milhão de habitantes, que, diga-se de passagem, tem um roteiro cultural intenso e atualmente recebe o festival de ópera no Teatro Amazonas.