CAMPINAS

Amarelinhos continuam em greve

Prefeitura informou que não tem condições de atender às reivindicações dos funcionários da Emdec

Inaê Miranda
07/08/2013 às 10:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:09
Funcionários da Emdec durante assembleia em frente à Prefeitura  (Janaína Maciel/AAN)

Funcionários da Emdec durante assembleia em frente à Prefeitura (Janaína Maciel/AAN)

Os trabalhadores da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) entram nesta quarta-feira (7) no terceiro dia de greve. Até o final da tarde de terça, os representantes do Sindviários, que representa a categoria, aguardavam uma resposta que prometida pela autarquia durante reunião realizada na segunda, mas não houve acordo. A Prefeitura informou que não consegue atender às reivindicações da categoria e o sindicato anunciou que a paralisação segue por tempo indeterminado.Ontem, cerca de cem pessoas se concentraram desde o início da manhã, em frente à sede da autarquia, na Avenida Sales de Oliveira. No começo da noite, um grupo de aproximadamente 150 pessoas fez nova passeata pelas ruas do Centro em direção à Prefeitura. “Fizemos uma assembleia no Paço e foi decidida a manutenção da paralisação. Não tivemos resposta da Emdec, estamos à deriva”, disse o diretor do sindicato, Miguel Lorezon. “Apenas os supervisores e encarregados estão atuando como agentes da mobilidade urbana”, disse. Agentes que aparentemente participavam do protesto estavam multando veículos no Centro. Lorezon afirmou que fiscais em greve não podem aplicar multas. “Isso não pode ter acontecido porque eles não têm talão, e como não estão trabalhando não podem registrar as multas. Se houve multas aplicadas foram feitas por agentes que estavam trabalhando, no caso os supervisores, que também podem multar.”Os trabalhadores cobram reposição pelo Índice do Custo de Vida (ICV) de 6,68%, mais 10% de aumento em relação às perdas salariais. Eles também cobram 15% de aumento no valor dos vales-alimentação e refeição e gratificação de atividade externa para quem trabalha na rua. A Emdec havia proposto reajuste salarial de 7,16%, retroativo a maio de 2013, e mais 1%, a partir de janeiro de 2014, além de reajuste de 11% nos vales. A proposta foi rejeitada.Anteontem, o Sindviários informou que aceitava o reajuste de 7,16% retroativo a maio, mas cobrou 4% a partir de janeiro de 2014. Eles também pediram implantação do Plano de Participação de Resultados (PR) e manutenção do plano médico, até 2015 — a Emdec planeja mudar o plano que iria, segundo o sindicato, reduzir a abrangência de atendimento. De acordo com a Prefeitura as reivindicações da categoria não têm como ser atendidas.BalançoSegundo balanço da Emdec, 80% do total de 821 funcionários não aderiram à greve, e os serviços prestados à população foram mantidos. A operação na Central de Controle Operacional (CCO), o atendimento do PAI-Serviço e setores administrativos da Emdec estão em funcionamento, informou a autarquia. Já o Sindviários informou que a adesão à greve foi de 70% dos amarelinhos.A Emdec ressaltou que aguarda o julgamento, pelo Tribunal Regional do Trabalho, da legalidade da greve, e, também, a definição dos índices de reajuste salarial e das cláusulas sociais que deverão ser aplicados na empresa. O julgamento ainda não tem data. Principais reivindicações- Reajuste de 7,16% retroativo a maio, mais 4% a partir de janeiro de 2014.- Implantação do Plano de Participação de Resultados (PR)- Manutenção do plano médico até 2015Colaborou o repórter Felipe Tonon, da AAN

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