Oito estudantes da Uniesp de Sumaré barrados registraram boletim de ocorrência na polícia
Ao menos oito alunos do período da manhã da Uniesp de Sumaré registraram boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial (DP) da cidade alegando que foram impedidos de fazer a prova marcada para esta quinta-feira (23) e temem ser novamente impedidos nesta sexta (24). O impasse, segundo eles, ocorre pela falta de aditamento do contrato do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal. O grupo acredita que aos menos 40 alunos do período matutino não conseguiram renovar o contrato neste ano. O problema, segundo os universitários, ocorre desde o primeiro semestre do ano passado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) e que gerencia o Fies, garante que os aditamentos estão sendo realizados, mas que o problema seria entre as instituições e os estudantes. Incerteza Segundo o FNDE, cerca de 1,6 milhão de beneficiados já assinaram o contrato. “Pode ser que os alunos estejam com dificuldade em acessar o site por causa do número de usuários, que é muito alto, e isso deixa o sistema lento”, informou a assessoria de comunicação do órgão federal. O clima entre os alunos da Unies é de incerteza. Uma operadora de máquinas de 33 anos que cursa o penúltimo semestre de pedagogia está no grupo que foi impedido de fazer prova nesta quinta. “Não sabemos mais o que fazer. Desde novembro do ano passado não consigo fazer o aditamento. O MEC joga o problema para a faculdade e a faculdade para o banco. Ninguém dá uma solução”, disse. Só na turma da operadora de máquinas, sete estudantes não conseguiram fazer a prova e os nomes constam em uma lista de irregularidades. Uma outra aluna, que cursa o 31C ano de ciências contábeis, também foi impedida de entrar na sala de aula para fazer a prova. Da turma, oito estão irregulares. Posição da faculdade “É muito humilhante. Dependemos do Fies para estudar. O problema vem desde o início do ano passado e ninguém faz nada”, criticou. Em nota, a faculdade alega que o problema com o aditamento é geral e ocorre em todas as faculdades. “Cabe ao MEC regularizar o SisFies de modo que o processo seja concluído. Temos ofícios de alunos que comprovam a impossibilidade de validar os aditamentos”, informa a nota. A faculdade ainda afirma que o próprio FNDE garante a prorrogação do prazo para aditamento. “A Uniesp permite que os alunos assistam às aulas, mesmo com a pendência, de modo que não sejam prejudicados. (...) Caso não consigam realizar o aditamento antes do período das provas agendadas, eles poderão fazer provas substitutivas gratuitamente assim que concluírem o processo no SisFies”, informou a instituição.